Procurado por parlamentares e integrantes do governo Bolsonaro para que ajude o Brasil a receber mais vacinas e outros produtos usados no combate à covid-19, o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, disse, em entrevista ao GLOBO, que os brasileiros são parceiros prioritários da China e continuarão sendo contemplados, apesar do grande desequilíbrio entre a oferta e a demanda de insumos e imunizantes no mundo.
“Nesse contexto, a procura interna da China também é enorme”, disse o embaixador, por e-mail, acrescentando que, mesmo assim, seu governo está sensibilizado com o lado brasileiro.
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“Em termos de volume e velocidade de entregas, o Brasil está à frente dos quase 50 países que compram vacinas ou IFA da China. Defendemos que as vacinas chinesas são um bem público, e estamos facilitando os contatos entre o lado brasileiro e as outras farmacêuticas chinesas”, destacou.
Segundo o diplomata, a parceria não se limita apenas a uma atuação contra a pandemia de coronavírus, mas se dá também em ações e investimentos previstos por Pequim no 14º Plano Quinquenal, estabelecido para os próximos cinco anos.
“Esperamos que o lado brasileiro continue a proporcionar às empresas chinesas um ambiente de negócios imparcial, aberto, transparente e não discriminatório”, afirmou.
Em meio à escalada de uma crise em Brasília envolvendo o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, o embaixador evitou se manifestar sobre o ministro.
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Foto: divulgação