Plano de conservação da Amazônia é considerado pouco ambicioso e efetivo

Greenpeace considera que o Plano Amazônia é “vergonhoso” e tem meta “pouco ambiciosa” para redução do desmatamento

Plano de conservação da Amazônia é considerado pouco ambicioso e efetivo

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 15/04/2021 às 08:00 | Atualizado em: 15/04/2021 às 08:08

O governo federal apresentou ontem (14) o Plano Amazônia 2021/2022, que visa nortear a conservação do bioma nos próximos dois anos. O plano é apresentado a uma semana da Cúpula de Líderes sobre o Clima.

Como resultado, o encontro é organizado pelo presidente americano Joe Biden. A informação é de “O Globo”.

O programa, no entanto, não apresenta dados sobre o efetivo e orçamento necessários para cumprir seu objetivo, que é considerado pouco ambicioso.

Dessa maneira, a finalidade é reduzir a taxa de desmatamento a até 8,7 mil km², um valor 16% superior ao visto em 2018, último ano antes do início do mandato de Jair Bolsonaro.

Então, o plano é assinado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que lidera o Conselho Nacional da Amazônia Legal.

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Operações

Entretanto, as Forças Armadas, que são empregadas desde o ano passado na fiscalização e no combate ao desmatamento e às queimadas, encerrarão suas operações no dia 30.

Por isso, ambientalistas temem que o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que estão sucateados, não consigam coibir as atividades ilegais na floresta.

Nesse sentido, o programa também determina que órgãos como o Ministério do Meio Ambiente, Funai e Força Nacional de Segurança Pública tomem medidas já a partir desta quinta-feira.

“Isso não é um plano, é uma carta de despedida do Mourão da Amazônia. Precisamos saber se já era conhecido pelos ministérios”, avalia Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Do mesmo modo, a coordenadora da Campanha de Clima do Greenpeace, Fabiana Alves considera que o Plano Amazônia é “vergonhoso” e tem meta “pouco ambiciosa” para redução do desmatamento

Leia mais em O Globo.