Omar, presidente da CPI da covid, diz que comissĂ£o nĂ£o serĂ¡ de vingança

Senador afirma que o objetivo é saber quais os erros cometidos, que fizeram com que o país se tornasse um dos mais mortais do mundo pela doença

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Publicado em: 20/04/2021 Ă s 14:28 | Atualizado em: 20/04/2021 Ă s 19:24

ProvĂ¡vel presidente da CPI da covid que serĂ¡ instalada na prĂ³xima terça-feira (27), o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que a comissĂ£o nĂ£o serĂ¡ “de vingança”, mas para fazer justiça aos milhares de mortos pela doença no Brasil.

Em entrevista ao canal de TV CNN, o parlamentar, que jĂ¡ tem o compromisso de receber os votos de oito parlamentares, dos 11 que compõem o grupo, afirma que o objetivo Ă© saber quais os erros cometidos, que fizeram com que o paĂ­s se tornasse um dos mais mortais do mundo pela doença.

“Essa CPI nĂ£o Ă© para se vingar de ninguĂ©m. É para que se faça justiça aos mais de 380 mil mortos no Brasil. Vamos saber o que nĂ³s erramos para que nĂ£o tenha mais Ă³bitos no Brasil. Vamos saber o que nĂ³s todos deixamos de fazer para que a gente possa evitar o maior nĂºmero de Ă³bitos.  NĂ£o Ă© justo e nĂ£o tem lĂ³gica o Brasil, que representa 2,5% da populaĂ§Ă£o mundial, ter mais de 26% do obitos no mundo. NinguĂ©m consegue entende isso”, explicou, completando: “LĂ³gico que a CPI vai procurar saber quem sĂ£o os resposĂ¡veis por a gente ter chegado onde chegamos.”

Na entrevista, o senador lembrou que ele prĂ³prio teve um irmĂ£o, dez anos mais novo, que foi vĂ­tima da covid e que, por isso, nunca entraria em uma CPI que funcionasse como palanque polĂ­tico. “O que nĂ³s temos Ă© que ver como nĂ³s podemos fazer para evitar mais Ă³bitos.”

O senador lembrou que, no inĂ­cio de 2020, o paĂ­s jĂ¡ tinha conhecimento do que ocorria em outros paĂ­ses meses antes e que, por isso, quer saber por qual razĂ£o nĂ£o foram tomadas medidas como barreiras sanitĂ¡rias, determinaĂ§Ă£o para uso de mĂ¡scaras. “O Brasil recebia gente do mundo todo, como se fosse uma gripezinha”, criticou.

Aziz indicou que um dos primeiros convocados para falar na CPI serĂ¡ o ex-ministro Henrique Mandetta, o primeiro a tocar o combate Ă  pandemia no Brasil.

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Ele citou que o objetivo Ă© tentar entender por qual motivo o paĂ­s nĂ£o tem vacinas suficientes e, por exemplo, porque nĂ£o fez a compra de 70 milhões de doses oferecidas pela Pfizer no ano passado.

Ele tambĂ©m afirmou que governadores e prefeitos podem ser convocados ou convidados a falar sobre a situaĂ§Ă£o dos recursos federais repassados aos Estados.

Na entrevista, Aziz tambĂ©m confirmou que, uma vez eleito presidente na prĂ³xima terça-feira (27), indicarĂ¡ o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da comissĂ£o.

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Foto: Edilson Rodrigues/AgĂªncia Senado