Lula se reúne com Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara

Lula deu sugestões a Marcelo de como aumentar o auxílio emergencial. O deputado foi perguntado se eles trataram de alianças para 2022

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 06/05/2021 às 04:42 | Atualizado em: 06/05/2021 às 04:42

Conforme antecipou o BNC, o ex-presidente Lula se reuniu, em Brasília, com integrantes da bancada do Amazonas no Congresso Nacional. O ex-presidente conversou com o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL), na noite desta quarta-feira (5).

Na saída do encontro, o deputado amazonense negou que tenha tratado sobre alianças em torno da sucessão presidencial e das eleições no Amazonas.

Segundo ele, a conversa girou em torno da viabilidade de elevar o valor do auxílio emergencial para R$ 600.

“A ideia dele é um auxílio de R$ 600. E, aí, a discussão é sobre como financiar isso. Foi o questionamento que eu fiz a ele. Todos nós queremos dar R$ 600. Agora, como financiar R$ 600?”, disse Ramos ao site Metrópoles.

Para viabilizar um valor maior para o auxílio, o deputado disse que o ex-presidente tem as seguintes sugestões: aumentar a base monetária do país, usar recursos dos fundos contingenciados e das reservas internacionais.

“Ele entende que não gera um viés inflacionário porque o desemprego está muito alto e a inflação está baixa. É um debate que a gente tem que travar”, afirmou o deputado.

Acordos

Na pauta das reuniões de Lula com lideranças políticas o assunto eleitoral está sendo tratado, mas como envolve articulações com outras siglas o assunto tem sido mantido em segredo.

Lula oferece o apoio dele nos estados a candidaturas que não sejam do PT. Em troca, o ex-presidente recebe ajuda para o seu retorno ao Planalto.

Na avaliação dos dirigentes petistas, há espaço para negociações em estados como Amazonas e Alagoas, onde a legenda costuma compor com outras forças políticas.

Em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará e Acre, onde o partido já foi forte e perdeu espaço, também estão abertas as negociações.

Na Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte, e em grandes colégios eleitorais como São Paulo e Rio Grande do Sul, o partido prefere ter candidato.

No mês passado, em reunião com a bancada petista no Congresso, Lula disse que uma aliança para as eleições precisa ser mais ampla e envolver partidos de centro.

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