A Eneva iniciou, nessa quinta (13), a produção de gás natural no campo de Azulão, na Bacia do Amazonas.
Trata-se do primeiro projeto a entrar em operação na região, num investimento estimado em R$ 1,8 bilhão.
O campo de Azulão fica no município de Silves (a 204 quilômetros de Manaus).
Inicialmente, conforme a agência epbr, o gás será utilizado no comissionamento dos equipamentos instalados nos campos.
O estado do Amazonas é um grande produtor de petróleo e gás natural, em terra. Contudo, na Bacia do Solimões, há infraestrutura para movimentação e processamento de óleo e gás, e escoamento para Manaus.
Os ativos serão vendidos e a Eneva apresentou a melhor oferta na concorrência aberta pela Petrobrás.
O próprio campo de Azulão foi comprado da Petrobrás, operadora original que decidiu não investir no desenvolvimento.
O governador Wilson Lima (PSC) tomou conhecimento da operação e disse que o Amazonas possui 50% de todas as reservas brasileiras de produção de gás em terra. De acordo com ele, a produção sustentável de gás vai atrair novos investimentos, gerando emprego e renda na região.
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Energia
O gás produzido em Azulão será usado na geração de energia pela termoelétrica (UTE) Jaguatirica II, de 117 MW de potência, contratada no 1º leilão para atendimento aos sistemas isolados, realizado em 2019.
A energia servirá para atender a Roraima, onde está localizada a usina, único estado do país ainda desconectado do Sistema Interligado Nacional (SIN) de transmissão de energia. Depende, portanto, da geração local.
O gás natural do campo de Azulão será liquefeito e transportado por carretas para Boa Vista, capital de Roraima.
Ao todo, a previsão de investimento é de R$ 1,8 bilhão.
Compra de ativos no Amazonas
A aposta da Eneva na região vai além de Azulão. Em fevereiro, a Petrobrás anunciou que a empresa venceu a disputa com a 3R Petroleum pelo Polo Urucu, na Bacia do Solimões.
Em dezembro de 2020, a Eneva arrematou sete blocos exploratórios no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Goiás no 2º leilão da oferta permanente, além do campo de Juruá, no Solimões e na mesma região operacional do Polo Urucu – Juruá não foi desenvolvido e não possui infraestrutura.
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Foto: reprodução/Canal Energia