A Eneva arrematou três blocos exploratórios de petróleo e gás e uma área de acumulação marginal no estado do Amazonas.
Os blocos AM-T-62, AM-T- 84 e AM-T- 84 (em destaque no quadro abaixo ), foram arrematados pela Eneva por R$ 16.290.500. As áreas de exploração de petróleo e gás natural ficam próximas ao Campo Azulão.
Essa jazida fica localizada no município de Silves (a 198 quilômetros de Manaus).
A área de acumulação marginal Juruá, na Bacia do Solimões/AM teve uma oferta de R$ 25.760.000. A Eneva venceu a empresa Imetame que ofereceu um bônus de R$ 5.693.117.
De acordo com a ANP, o investimento mínimo previsto na fase de exploração será de R$ 68.484.000.
Toda a área arrematada, entretanto, tem uma extensão de 7.224,29 de quilômetros quadrados.
Os blocos exploratórios localizados no estado do Amazonas são 16 ao todo. No entanto, no segundo ciclo de oferta permanente da ANP, só foram arrematados quatro. Ainda restam, portanto, 13 blocos a serem licitados.
A venda dessas áreas de exploração em solo amazonense aconteceu no segundo leilão de oferta permanente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), nesta sexta-feira (4).
Transição energética
Para a direção da Eneva, os blocos arrematados reforçam a estratégia da empresa para ter o acesso à molécula de gás de forma competitiva.
“O futuro da companhia está centrado nisso, com opções de monetização não só na geração de energia, mas também no novo mercado de gás”, avaliou o CEO da Eneva, Pedro Zinner.
De acordo com ele, a companhia está contribuindo para a transição energética do estado do Amazonas. Nesse sentido, há a possibilidade de substituir a geração a diesel por gás natural, combustível menos poluente e mais eficiente.
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Investimentos de R$ 160 milhões
No segundo ciclo de oferta permanente da ANP, decerto, foram arrematados 17 blocos exploratórios, em seis bacias. As bacias estão no Amazonas, Campos, Paraná, Espírito Santo, Potiguar e Tucano, totalizando uma área de 19.818,09 km².
Ao mesmo tempo, foi leiloada uma área (Juruá), com acumulações marginais, localizada na Bacia do Solimões.
O leilão das 18 áreas para exploração de petróleo vai garantir mais de R$ 160 milhões em novos investimentos.
Lances nacionais
Para os blocos exploratórios, o bônus total arrecadado foi de cerca de R$ 30,94 milhões (ágio médio de 55,11%). Desse modo, há previsão de R$ 157 milhões em investimentos, somente na primeira fase do contrato (fase de exploração).
Já para as áreas com acumulações marginais, o bônus total foi de R$ 25,76 milhões (ágio de 1.650%), com previsão de R$ 3,6 milhões em investimentos.
Geração de empregos
Para o diretor interino da ANP, Raphael Moura, a licitação de hoje superou as expectativas em um ano difícil para o setor, no mundo.
Conforme ele, as áreas onshore (terrestres) geram mais empregos proporcionalmente, interiorizam e dinamizam economias locais, representam distribuição de royalties para municípios muitas vezes com indicadores de desenvolvimento mais baixos.
Competitividade empresarial
“A sessão pública se mostrou exitosa em relação ao que a política energética do país considera positiva, como uma maior competitividade e de empresas atuando no Brasil, além da atração de investimentos”, declarou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que acompanhou presencialmente o leilão no Rio de Janeiro.
Com informações da ANP
Fotos: Petrobrás/divulgação