Expectativa se Amazonas vai impor restrição ao acesso de paraenses

No auge da segunda onda do coronavírus no Amazonas, governador do Pará fechou a divisa para circulação dos amazonenses

Governador do Amazonas Bolsonaro ignora Helder Barbalho

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 24/05/2021 às 13:29 | Atualizado em: 24/05/2021 às 13:29

No início deste ano, quando o Amazonas entrava na agonia da segunda onda do coronavírus (covid), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), decidiu impedir o acesso de amazonenses. 

Agora, o estado se vê às voltas com suspeita de contaminação pela variante indiana. E nas redes sociais, amazonenses já especulam se o governador Wilson Lima (PSC) vai “dar o troco”.

Até este momento, o Governo do Amazonas não anunciou nada sobre o assunto.

Conforme explicou Barbalho à época, sua medida era para barrar o contágio de paraenses pela variante P.1, que teria surgido em Manaus. O principal alvo foram as embarcações, maior meio de transporte de passageiros entre os estados.

Contudo, Barbalho foi bastante criticado pela medida segregadora de populações vizinhas e muito próximas na convivência. Moradores de municípios paraenses na divisa têm livre acesso aos serviços das cidades amazonenses. Por exemplo, Parintins, principalmente no setor de saúde.

Status do coronavírus

O Pará alcançou neste domingo (23) 508.726 casos de covid. Desses, 14.264 pessoas morreram. De acordo com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), foram confirmados mais 278 casos e 31 mortes.

Nos últimos sete dias, foram confirmados 60 novos casos e 8 óbitos, além de 218 casos e 23 óbitos ocorridos em dias anteriores.

O Pará possui, até então, 475.260 recuperados, 86.546 casos descartados e 36 casos em análise.

Em relação à ocupação de leitos na rede estadual, o Pará tem ocupação de 50% dos 787 clínicos e 72% dos 545 UTI.

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Variante indiana

Neste final de semana surgiu a informação de que dois moradores do Pará que visitaram o estado do Maranhão são suspeitos de contágio pela cepa do vírus da Índia. Eles são habitantes de Primavera, a 193 quilômetros da capital paraense.

Maranhão, portanto, é o primeiro estado do Nordeste a fazer divisa com o Pará que já tem seis casos confirmados com a variante indiana.

Outros estados, como São Paulo, já criam restrições sanitárias à entrada de pessoas oriundas do Maranhão.

Foto: Alan Santos/Presidência da República