Cidade faz emenda para obrigar Amazonas a fazer concurso na PM e Bombeiros

O presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), Roberto Cidade (PV), fez emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. A proposta obriga o Governo do Amazonas a fazer concurso público para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Como resultado, segundo o parlamentar, o déficit no efetivo da segurança no estado é um problema antigo acentuado nos últimos dias.

Por exemplo, Cidade se referia a ataques a patrimônios públicos na capital e no interior; que exigiu  auxílio da Força Nacional para conter a ação  criminosa.

“A Polícia Militar não faz concurso público há dez anos. Muitas cidades do interior, infelizmente, não têm policiamento suficiente para suprir a demanda da população”, disse.

Conforme o deputado, o Corpo de Bombeiros não realiza concurso público desde o ano de 2010. A emenda é para que o recurso seja especificado na lei orçamentária e o estado obrigatoriamente promova o concurso.

Dessa maneira, a previsão de orçamento do estado para o exercício de 2022 é de R$ 21,7 bilhões, segundo a LDO enviada pelo Governo do Amazonas ao parlamento em 31 de maio.

Nesse sentido, os deputados têm até a próxima quarta-feira (30) para apresentar suas emendas ao orçamento.

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Empregabilidade feminina

Outra emenda de autoria de Roberto Cidade prevê a destinação de recursos para garantir a qualificação e inserção de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no mercado de trabalho.

O tema, segundo o presidente da ALE, é de suma importância para dar autonomia financeira às mulheres que sofrem violência.

Cidade disse ainda que o número de casos desse tipo de delito dobrou em todo o país desde o início da epidemia de covid (coronavírus).

“Somente no Amazonas, de acordo com dados da Secretaria de Segurança, entre janeiro e fevereiro de 2021 foram registrados 1.023 casos de violência doméstica em Manaus e 73 casos no interior”, destacou.

Segundo o deputado, muitas destas mulheres, submetidas a casos de violência doméstica e familiar, acabam retornando para esta situação por dependerem financeira e emocionalmente dos parceiros.

Foto: Evandro Seixas/ALE