Ao ser confrontado pela senadora Soraia Tronicke sobre as falhas na investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), o deputado estadual Fausto Jr. se complicou completamente. Ele suou, ficou vermelho, gaguejou e não explicou nada.
Em primeiro momento, o deputado disse à CPI da covid no Senado que a ALE-AM foi impedida de ouvir o governador Wilson Lima por conta de um artigo da Constituição do Amazonas.
A senadora Soraia, então, pediu para ver o que ela chamou de um “artigo vergonhoso”, nesse momento o deputado recorreu ao seu assessoramento jurídico e ai começou a trapalhada vista em rede nacional pela TV Senado.
A senadora pediu várias vezes para Fausto Jr. ler o artigo que blindava o governador, mas o deputado amazonense não conseguiu explicar e disse que “foi uma interpretação extensiva” do artigo 2º da Constituição Federal.
Nesse momento a senadora Soraia questionou como o governador Wilson Lima gerenciou os recursos federais enviados ao Amazonas. E Fausto seguiu sem respostas objetivas.
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O deputado afirmou que as investigações da CPI deram munição para a Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), mas foi paralisada para não “atrapalhar” a apuração da PF. Ele também disse que a CPI não interceptou ligações telefônicas porque “a operadora” não permitiu.
A senadora alertou o deputado que a CPI tem o poder de pedir legalmente a quebra de sigilo de investigados.
Por fim a senadora chamou de muito grave o fato de o governador não ser convocado pela CPI da Saúde.
Fatos importantes
O deputado Fausto Jr. já sai sabendo que passa à condição de investigado da CPI.
Senadores avaliaram que ele pouco contribuiu, omitiu fatos e despertou revelação de escândalo que pode envolver seus familiares, principalmente sua mãe Yara Lins, Conselheira do TCE-AM.
Aziz prometeu revelar detalhes, inclusive, de como se deu a eleição do deputado em 2018.
Como pensava Fausto Jr. em 2020
Foto: Reprodução TV Senado