A CPI da covid do Senado começou nesta quarta-feira (30) as investigações contra a conselheira Yara Lins, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).
O início dos trabalhos, oficialmente, começou com e-mail enviado ainda na quarta pelo Senado à Prefeitura de Manaus, pedindo documentos que tentam esclarecer suspeitas de corrupção levantadas pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), contra a integrante da Corte de Contas.
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Na terça-feira, dia 29, Omar sugeriu que Yara enriqueceu ilicitamente recebendo propina de fornecedores do poder público, após suas passagem pela presidência do TCE-AM, entre 2018 e 2019.
A acusação ocorreu depois que o filho dela, deputado Fausto Júnior, foi à CPI da covid, falar da operação Maus Caminhos, que investigou Aziz.
Braga defensor
O senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, se insurgiu imediatamente ao anúncio do presidente da CPI da covid , Omar Aziz (PSD-AM), de que apresentou requerimento para quebrar sigilo de familiares da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
Dessa forma, Braga, que “treinou” o deputado Fausto Júnior (MDB-AM) para o depoimento na CPI, tentou blindar o filiado de seu partido.
O senador Braga usou artigo do regimento interno do Senado para pedir a retirada da pauta de votação dos 41 requerimentos sugeridos pelo presidente da comissão.
Ele disse que precisava conhecer o mérito e o fundamento dos requerimentos que foram adicionados à pauta e pediu que Omar explicasse os pedidos.
O presidente da CPI declarou que a maioria dos requerimentos foi assinada por ele, por presidir o colegiado, e os pedidos são temas ligados ao Amazonas.
Omar disse que existem “fortes indícios de uma conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) (Yara Lins, mãe do deputado Fausto Jr) receber benefícios para o filho (relator da CPI da Saúde) não ter indiciado o governador (Wilson Lima)”.
Foto: BNC Amazonas