Começa no próximo dia 27 o julgamento do caso Flávio no júri popular do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM ). A previsão é concluir o processo nos dois dias seguintes.
A notícia alvoroçou os bastidores do meio político porque há, entre os réus, familiares do ex-prefeito e ex-senador Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Dois enteados do político, Alejandro e Paola Molina, filhos da sua atual mulher Elisabeth Valeiko, estão entre os cinco réus.
Com José Edvandro Júnior, Mayc Vinícius Parede e Elizeu da Paz, eles são acusados do assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, em setembro de 2019. O crime teria sido cometido na casa da família Valeiko, em Manaus.
O corpo da vítima foi jogado em área baldia na zona oeste da capital.
Conforme fonte do Judiciário, os corredores da 1ª Vara do Júri, que conduz o caso, estão bem agitados.
A defesa dos réus estaria tentando nova postergação do início da instrução do processo, com depoimento de testemunhas.
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Vários adiamentos
Tem sido assim desde novembro de 2020, quando foi marcada a primeira audiência do caso. Em junho deste ano, na penúltima tentativa de julgar o caso, dois juízes escalados para conduzir o julgamento se disseram suspeitos.
Dessa forma, o caso foi para as mãos do juiz titular da vara, Celso Souza de Paula.
Com a epidemia da covid (coronavírus) relativamente controlada, ele pautou as audiências no modo presencial.
Os primeiros a depor são testemunhas de acusação, apresentadas pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Depois, as de defesa e, por último, o interrogatório dos réus.
Pedido de anulação negado
A Justiça do Amazonas negou, na última quinta-feira (24), um pedido da OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil – Amazonas) para anular busca e apreensão contra o advogado Diogo Dias Dutra na Operação Boca Raton, deflagrada em dezembro de 2020.
A operação investiga crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro supostamente praticados pela ex-primeira-dama de Manaus Elisabeth Valeiko – mulher do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto –, a filha dela, Paola Valeiko Molina, e o genro, Igor Gomes Ferreira.
Entre os objetos apreendidos pela Polícia Civil do Amazonas na casa do advogado, no bairro Aleixo, zona centro-sul de Manaus, está um pendrive com o nome “Elisabeth Valeiko”. Os policiais também apreenderam celulares, tablets e notebooks.
Com informações da assessoria de comunicação do TJ-AM.
Foto: Reprodução