Tradicional desvendará segredos do Eldorado
Recontará a história da formação de Manacapuru desde os seus primeiros habitantes até o seu tesouro atual: a ciranda.

Ednilson Maciel
Publicado em: 31/08/2023 às 10:51 | Atualizado em: 31/08/2023 às 10:51
A ciranda Tradicional encerrou na noite de ontem (30) o ciclo de ensaios gerais no cirandódromo de Manacapuru.
Neste ano, a Tradicional defenderá o tema “O Eldorado Encantado”.
A ciranda das cores vermelho, branco e dourado mostrará que o Eldorado é em Manacapuru, mais precisamente no bairro de Terra Preta, reduto da ciranda Tradicional.
O tema recontará a história da formação de Manacapuru desde os seus primeiros habitantes até o seu tesouro atual: a ciranda.
Cada ato revelará um segredo do Eldorado, uma preciosidade histórica, disse o apresentador Alciro Neto.
A ciranda não apresentou muitos efeitos coreográficos no ensaio.

As surpresas apresentadas ao público vieram dos seus destaques.
Os solos magníficos de seus personagens tradicionais, o Galo Bonito, Seu Honorato e Mãe Benta arrancaram aplausos efusivos da plateia.
Tal como os itens Cirandeira Bela e Princesa Cirandeira.
Davi Assayag, anunciado como cantador algumas horas antes, cantou duas cirandadas.
Até domingo, dia da apresentação da Tradicional, deverá estar pronto para defender o item junto a Bruno Souza, cantador.
A TOT, Torcida Organizada da Tradicional, esteve presente, fazendo um show a parte.

Derlan Coelho dos Santos, vice coordenador da TOT, ele e sua família estão se dedicam para revitalizar a torcida organizada.
A TOT é conhecida no festival por fazer participações marcantes como torcida, especialmente no início do festival.
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Fala Infeliz
Antes do início do ensaio geral, como foi de praxe esse ano, em virtude do acidente no ano passado, o presidente da ciranda Tradicional, Magal Pinheiro, conduziu uma oração pedindo proteção para a sua ciranda, estendendo-a as demais.
No entanto, Magal foi infeliz em um trecho de sua prece.
Ano passado, a Tradicional se apresentou um dia antes da Flor Matizada. No momento de sua apresentação foram surpreendidos por uma chuva torrencial que os impediu de concluí-la.
No dia seguinte, ocorreu o acidente com a Flor Matizada, quando uma alegoria despencou vitimando 26 pessoas. Em sua apresentação, a Tradicional também içaria brincantes em alegoria por meio do guindaste.
Assim, o presidente em sua prece, contou que questionou Deus por não ter podido concluir a apresentação preparada com tanto afinco durante seis meses. Mas no outro dia teria vindo a resposta.
Segundo Magal, Deus concedeu o livramento à sua ciranda. “Isso é fruto da oração da mãezinha e do paizinho de cada um de vocês. Graças a Deus, ele nos concedeu o livramento”, disse o presidente.
No entanto, a fala do presidente abre margem para a interpretação de que então Deus não teria dado o livramento à Flor Matizada.
Assim, a Tradicional seria merecedora do Livramento, e a Flor Matizada, de um castigo.
A fala do presidente é, no mínimo, desnecessária.
Fotos: Dassuem Nogueira/especial para o BNC Amazonas