Lula anuncia ‘Desenrola’ para negociar dívida da água e luz
A ideia foi divulgada, sem maiores detalhes, em um post na página Lulaverso no Twitter, administrada pela campanha petista

Publicado em: 30/08/2022 às 18:25 | Atualizado em: 30/08/2022 às 18:25
Auxiliares do ex-presidente Lula da Silva (PT) passaram a defender a divulgação de programas econômicos para um eventual novo mandato. A estratégia é adotada após o desempenho do petista no debate ter sido alvo de críticas dentro da campanha petista.
Um deles será o Desenrola, programa de renegociação de dívidas de contas como água, luz e telefone, voltado para famílias que ganham até 3 salários mínimos, ou seja, com renda de até R$ 3.636, pelos valores de 2022.
A ideia foi divulgada, sem maiores detalhes, em um post na página Lulaverso no Twitter, administrada pela campanha, na última segunda-feira (29).
Não é cópia do Ciro
O coordenador do NAPP (Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas) Economia da Fundação Perseu Abramo, economista Guilherme Mello, que participa da elaboração do Desenrola, nega que o programa seja a mesmo do candidato Ciro Gomes (PDT).
Segundo ele, assim como Ciro promete limpar o nome dos devedores desde 2018, o PT também possuía uma proposta de renegociação de dívidas na última eleição. “Nosso foco neste primeiro momento é outro. São as dívidas não bancárias”, afirmou.
Ciro promete resolver o endividamento das famílias, que classifica “como prisioneiros do SPC e do Serasa”, com o foco na inadimplência com as instituições financeiras.
“Podem tremer de medo as cinco ou seis famílias de banqueiros, e os poucos milhares de especuladores que lucram com isso”, diz o candidato do PDT.
De acordo com o economista do PT, o foco do Desenrola, ao trabalhar com uma camada mais vulnerável da população, é permitir que dívidas de água, luz, telefone e consumo sejam renegociadas.
“A gente quer limpar o nome das pessoas, mas o foco é aliviar a vida das famílias de menor renda que entraram na situação de endividamento por sobrevivência”, completou.
Apesar de não estar citado no programa de governo protocolado por Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a ideia, segundo Mello, aparece nas diretrizes do programa na parte em que Lula promete promover a renegociação das dívidas familiares e das pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e de incentivos a instituições privadas.
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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil