Praciano quer voltar ao AM e topa ser candidato do PT ao Senado

Ex-deputado federal do Amazonas, Francisco Praciano ficou entusiasmado com a ideia de voltar ao estado e bater chapa do PT com o ex-senador João Pedro nestas eleições.

A ideia surgiu na última reunião do diretório estadual. Dela, um manifesto da cúpula petista amazonense saiu em defesa das candidaturas de João Pedro ao governo e de Praciano ao Senado.

“Se o PT não conseguir realizar o sonho do Lula de formar uma federação com os partidos de esquerda, como PSB, PCdoB e Psol, por conta das divergências nos estados, e isso pode acontecer no Amazonas, eu estou à disposição para agregar e colaborar porque precisamos retomar as rédeas desse país que está em uma situação que não agrada a mais ninguém, deteriorado pelo governo Bolsonaro”, disse Praciano ao BNC Amazonas, diretamente de Itapipoca, no Ceará.

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Na avaliação do ex-deputado federal por dois mandatos e ex-vereador de Manaus, a tal federação do sonho de Lula “já subiu no telhado”. Ele cita as candidaturas petistas aos governos de Pernambuco, do senador Humberto Costa, e do Espírito Santos, do senador Fabiano Contarato.

Nesses estados, o poder Executivo é comandado pelo PSB, o principal partido para compor a federação com o PT.

No caso do Amazonas, Praciano cita a aliança que Lula está viabilizando com o senador Omar Aziz (PSD).  Embora não haja indicativo de que o partido de centro-direita vá entrar na federação proposta pelo PT. 

“O PSD do Amazonas faria aliança com PT, Psol e PCdoB? Quem seria o candidato a governador de Omar? E Wilson Lima [governador do estado e aliado de primeira hora do presidente Bolsonaro]? A mim parece que o Wilson tem tudo para exigir apoio do Omar”, afirmou Praciano, em sua análise política pré-eleitoral.

Aliança “branca”

Ao admitir que o cenário político ainda está bastante indefinido, Praciano, mesmo aceitando uma possível candidatura ao Senado, teme que haja no Amazonas uma tentativa de “aliança branca” apoiada pelo PT nacional.

Essa aliança, da qual descarta participar porque , segundo ele, não é uma prática política do PT, permitiria uma chapa petista com João Pedro e Praciano, para governo e Senado. No entanto, a estrutura e o apoio de Lula seria dado a Aziz, que concorre à reeleição.

“Eu gostaria mesmo é que tivessem muitos candidatos ao Senado: eu, Omar, Luiz Castro, Coronel Menezes e quem mais aparecesse para o eleitor escolher entre as melhores propostas”, disse ele.

No entanto, não revelou a intenção de que, quanto mais candidatos, mais a chance de pulverizar votos e ninguém deter a maioria hegemônica do pleito.

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