Dirigente do União Brasil descarta federação com MDB e PSDB 

Dessa forma, a (im) provável reunião do governador Wilson Lima, Amazonino Mendes, Eduardo Braga e Arthur Neto no mesmo palanque, nas eleições de 2022, está fora de cogitação 

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Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 30/03/2022 às 21:01 | Atualizado em: 30/03/2022 às 21:01

A direção do União Brasil no estado do Amazonas descartou a possibilidade de unir no mesmo palanque o governador Wilson Lima, o ex-governador Amazonino Mendes, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, e o senador Eduardo. 

De acordo com o ex-deputado federal e ex-secretário de educação do município de Manaus, Pauderney Avelino (foto),  tem “chance zero” uma federação entre o MDB, de Braga, o PSDB de Arthur Neto, que vai incorporar o Cidadania, de Amazonino Mendes, e o União Brasil, partido ao qual o governador Wilson Lima está filiado.  

Segundo Pauderney, que é o presidente estadual do União Brasil, esses três partidos estão conversando, em âmbito nacional, para buscar um nome comum a fim de concorrer à Presidência da República. A intenção é quebrar a hegemonia e a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).  

“Dessa forma, não tem federação entre o MDB, União Brasil e PSDB, pois, uma federação tem que ser nacional entre dois ou mais partidos, mas ela tem que ser repetida em todos os estados”, explicou o ex-deputado.  

O dirigente partidário disse ainda que uma federação também tem que obedecer a regras muito claras, uma delas é ficar quatro anos “todo mundo agarrado”.  

Pauderney Avelino cita a diferença no que ocorreu entre o Democratas e o PSL. “Nós fizemos algo que nenhum outro partido fez: o Democratas se fundiu ao PSL e abrimos mão de uma série de coisas dentro do partido”, ressaltou.

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O presidente do União Brasil no Amazonas garantiu que federação propriamente dita quem vai fazer é o PV, PCdoB e o PT, assim como o Cidadania com o PSDB. E, segundo ele, não haverá mais nenhuma federação, mesmo que o prazo tenha sido estendido até o final do mês de maio.  

Nesta quarta-feira, 30, o Psol aprovou formar federação partidária com o Rede.  

“Nós [União Brasil, MDB e PSDB] não faremos federação. O que pode ocorrer, e é isso que estamos conversando, é um acordo para que esses partidos possam apresentar um nome para concorrer à Presidência da República, mas sem o engessamento da federação”, reiterou o Avelino. 

Extensão do prazo 

No início deste mês de março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alterou a Resolução nº 23.670/2021, que regulamentou o instituto das federações partidárias, para ajustar o texto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A decisão do STF assegurou a participação, nas Eleições 2022, das federações que obtenham o registro civil e o registro do estatuto na Corte Eleitoral até o dia 31 de maio. Antes, a resolução havia estabelecido o dia 1º de março como data final.

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Antecipação do registro 

Segundo a mesma resolução, o relator poderá antecipar o registro da federação antes ou após o fim do prazo para impugnações, caso verifique o atendimento aos requisitos para deferimento do registro.  

Essa decisão individual do relator será imediatamente submetida a referendo do Plenário, em sessão cujo término não deverá ultrapassar a data de 31 de maio de 2022, convocando, se necessário, sessão extraordinária em meio eletrônico com duração específica para atendimento a esse prazo. 

A formação de federações foi instituída pelo Congresso Nacional ao aprovar a Lei nº 14.208/2021 com o objetivo de permitir às legendas atuarem de forma unificada em todo o país. 

Foto: BNC Amazonas 

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