A velha raposa se reinventa e chega ao 11º mandato consecutivo

Neuton Correa
Publicado em: 07/10/2018 às 21:07 | Atualizado em: 07/10/2018 às 21:12
Por Neuton Corrêa, da redação
O deputado federal Átila Lins (PP) ampliou um feito que dificilmente um político do Amazonas se igualará.
De 2014 para cá, a velha raposa, que este ano completa 68 anos de idade, reinventou-se e conseguiu se eleger pela oitava vez consecutiva a deputado federal pelo Amazonas.
Foi o terceiro mais votado nas eleições 2018, com mais de 115,5 mil votos.
Ele não perde uma eleição desde 1979, quando foi eleito, pela Arena, deputado estadual e reeleito duas vezes ao cargo.
Em 2014, Átila teve dificuldade para se reeleger. Ele obteve 89.53 votos, 41.976 menos da votação que recebeu em 2010, quando ficou como o terceiro mais votado, com 131.429 votos.
Na eleição geral passada, ele só conseguiu renovar o mandato porque foi puxado pelo deputado federal Arthur Bisneto (PSDB), que recebeu quase 251 mil votos, sendo o fenômeno daquele pleito.
Aperto semelhante Átila Lins viveu em 1994, quando teve dificuldade para se reeleger.
Naquela eleição, o parlamentar experimentou forte hostilização dos eleitores pelo fato de ter votado a favor do então presidente da República Fernando Collor de Mello, em 1992, ano em que o povo foi às ruas pedir a queda do chefe do Executivo.
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Irmãos divididos
Na eleição de 2014, Átila enfrentou um problema em sua campanha. Ele e seu irmão-deputado estadual Belarmino Lins (PP) se dividiram entre os candidatos majoritários.
Ele ficou com Eduardo Braga (MDB) e Belão, com José Melo (Pros). O resultado foi que os dois não conseguiram repetir a dobradinha que sempre fizeram no pleito, prejudicando a votação deles.
Para a eleição deste ano, para não criar dificuldades à sua volta a Brasília, Átila esqueceu até uma antiga ideia que alimentava, de disputar vaga de senador.
Tratou apenas de sua campanha, trocando o PSD de Omar Aziz (PSD) pelo PP, de Rebecca Garcia, para ficar na chapa governista.
Estrategista, mais uma vez Átila sai vitorioso.
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Foto: Divulgação