Adversários de Amazonino veem conduta vedada no “quarto ciclo”

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 03/07/2018 às 08:22 | Atualizado em: 03/07/2018 às 10:40
Os pré-candidatos adversários do governador Amazonino Mendes (PDT) desconfiam que ele está cometendo conduta vedada em ano eleitoral com a distribuição de implementos agrícolas e financiamentos para o setor de produção rural via programa Renda Certa, lançado em junho.
Amazonino anunciou que tem R$ 85 milhões para distribuir aos produtores dos municípios. Hoje, dia 3, ele entrega R$ 1,9 milhão para 500 empreendedores da capital.
No pacote de R$ 85 milhões, batizado pelos adversários de “Quarto Ciclo” (alusão ao programa Terceiro Ciclo) tratores, rabetas, kit de ferramentas, casas de farinha, kit de pesca, tudo para ser entregue aos prefeitos dos municípios.
O mote do programa é “estimular a população a abrir e ampliar um negócio e sair do desemprego”.
Para o deputado estadual Serafim Corrêa, do PSB do pré-candidato David Almeida, só não vê compra de voto quem não quer. “Renda Certa é um programa que melhor seria chamar de ‘voto certo’. Distribuir milhões às vésperas da eleição é compra de voto com o dinheiro público”, afirmou.
Complementou o parlamentar que “iniciar um programa como esse, de clara distribuição de dinheiro público para eleitores, isso é compra de voto”, não só uma conduta vedada, mas uma infração à lei eleitoral.
Os adversários de Amazonino se movimentam para acionar a Justiça Eleitoral contra o Renda Certa se os ministérios públicos Eleitoral (MPE), de Contas (MPC) e do Amazonas (MP-AM) não o fizerem de ofício.
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