Esquerda quer trocar Lúcia Antony por Praciano e Eron ao governo

Neuton Correa
Publicado em: 27/08/2018 às 07:05 | Atualizado em: 27/08/2018 às 07:05
Por Neuton Corrêa, da redação
Avaliando que ainda poderão perder mais tempo para resolver o imbróglio com a coligação pró-David Almeida (PSB), integrantes do PT e do PCdoB abriram ontem à noite uma discussão para tentar trocar a já registrada candidatura da comunista Lúcia Antony pelo nome do ex-deputado federal Francisco Praciano (PT) a governador.
Essa chapa teria também a participação do ex-deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB) como vice.
A hipótese voltará a ser discutida separadamente agora pela manhã nos dois partidos e, às 14h, PT e PCdoB marcaram encontro para decidir a questão.
Petistas e comunistas que discutem essa possibilidade acreditam que poderão gastar energia, em vão, para reverter a decisão do jurista Marco Antonio Pinto da Costa, que tirou o PT da coligação que apoia David Almeida a governador.
Por isso, querem formalizar a aliança com o PCdoB na chapa majoritária, mas com o propósito de salvar as candidaturas proporcionais a deputado federal e a deputado estadual, que perderam força fora da chapa socialista.
Uma das preocupações deles é com o deputado estadual José Ricardo (PT) que figura bem nas pesquisas a federal, mas pode, isolado, não alcançar votos suficientes para chegar à Câmara dos Deputados.
A mesma coisa pode acontecer com a chapa a deputado estadual, que estava coligada com o Podemos.
Sem o Podemos o PT reduz sua chance de repor as duas vagas que possui atualmente na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM).
Para o PCdoB, a situação não é diferente. O partido tem uma candidatura à reeleição ao Senado, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), que figura bem nos estudos eleitorais, mas vem esbarrando nos atritos com a própria esquerda no Amazonas, que a deixou isolada e só conseguiu o apoio do PT pela via jurídica.
Reviravolta
PT e PCdoB, porém, poderão ter dificuldade para recolocar Francisco Praciano na campanha.
Ele deixou o Amazonas, logo após as convenções partidárias. Foi para o interior do Ceará, desencantado com a política de seu partido, depois que seu nome foi preterido a senador para ceder vaga à Vanessa Grazziotin.
Na ocasião, ele disse:
“Caiu a ficha! Não tenho força na nacional, não tenho força na regional, não tenho dinheiro. Só tenho a base, mas não é suficiente”, disse o ex-parlamentar. Leia mais.
Foto: BNC AMAZONAS