O Partido da Mobilização Nacional no Amazonas anunciou na noite desta quarta-feira, dia 29, a criação do PMN Diversidade, onde reserva vagas para candidatos identificados com a causa LGBTQ+.
O presidente estadual da sigla, Marcelo Amil, assinou uma portaria que determina que os diretórios municipais reservem 10% do total de vagas para esses candidatos.
“Um passo importante para inclusão e garantia de direitos”, informou a legenda. O PMN é o primeiro no Brasil a reservar essas vagas.
O objetivo principal da iniciativa, que marca o Dia da Visibilidade Trans, neste dia 29 de janeiro, é garantir o respeito e a proteção dessa população e outros grupos socialmente vulneráveis por meio de políticas públicas.
“O PMN está estruturando no Amazonas um movimento, que é o PMN Diversidade, para nós organizarmos dentro do partido políticas que garantam direitos a esse segmento da sociedade que, infelizmente, é vulnerável e ainda sofre muita discriminação, tanto na sociedade em geral, assim como no mercado de trabalho”.
Segundo Amil, o partido se alinha a causas progressistas e de quem precisa de voz.
“Há muita homofobia a ser combatida e o PMN vai fincar bandeiras para combater toda e qualquer forma de discriminação”, afirmou.
O encontro aconteceu na sede do PMN Amazonas, no conjunto Eldorado, Parque 10, zona centro-sul de Manaus, e contou com a participação de representantes de movimentos sociais LGBTQ+.
Novos representantes
Segundo a legenda, este é um momento para reforçar as reflexões sobre a cidadania de travestis, transexuais e não-binárias (que não se reconhecem nem como homens nem como mulheres).
Além disso, a reserva de vagas também apoia a introdução de novos representantes na política que combatam os discursos agressivos contra os homossexuais e os retrocessos encabeçados por políticos de extrema direita.
A luta pelos direitos sociais é uma das bandeiras do PMN. Além de buscar formas de enfrentamento das violências de gênero, o partido também mantém o espaço aberto para debates de resistência de outras minorias.
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Amil: bandeiras pelos direitos sociais
Antes mesmo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do Senado, aprovar o projeto que determina que a metade dos candidatos lançados por um partido ou coligação em eleições legislativas deve ser composta pelo público feminino, a sigla reforça que já abriu espaço para que mais mulheres componham o diretório e façam parte do processo político no Amazonas.
Com informações da assessoria
Fotos: Divulgação/Assessoria de comunicação