O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, declarou em debate virtual nesta quarta-feira (28) que, entre os desafios para mulheres na política, está a “superação de uma postura extremamente sexista na sociedade brasileira”.
De acordo com Barroso, o “déficit de participação feminina na política” não faz jus ao eleitorado brasileiro, formado por uma maioria de mulheres.
O ministro ainda destacou que os países que “melhor lidaram com o enfrentamento à pandemia” têm mulheres como líderes políticas, citando os exemplos de Nova Zelândia, Dinamarca e Alemanha.
“As mulheres são mais de 50% do eleitorado e nós temos um déficit de participação feminina na política, sobretudo no Congresso Nacional. Portanto, é uma questão de justiça de gênero. As mulheres têm características, singularidades e virtudes que agregam valor à vida política”, avaliou.
O debate, promovido pelo TSE e pelo Instagram, lançou um “guia de segurança para mulheres na política”.
Dessa forma, o objetivo é orientar mulheres que decidiram se candidatar, ou que já ocupam um cargo eletivo, a se protegerem de comportamentos de ódio e preconceito nas redes sociais.
Participação feminina
Segundo o TSE, o Brasil ocupa atualmente o 140º lugar no ranking de representação feminina em cargos públicos eletivos. A classificação abrange uma lista de 193 países.
Em média, nesses países, cerca de 25% dos cargos públicos são ocupados por mulheres. No Brasil, esse índice se aproximou de 10% nas últimas eleições.
Conforme estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil está em 9º lugar entre 11 países da América Latina no mesmo quesito.
Um dos problemas identificados é a “violência política de gênero”. Para Barroso, num contexto de violência nas redes, os usuários “vivem num pântano existencial, num inferno moral”.
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Foto: Roberto Jayme/TSE