Susam faz campanha para combater violência obstétrica

Neuto Segundo
Publicado em: 02/11/2017 às 11:43 | Atualizado em: 02/11/2017 às 11:43
“Agora tá chorando. Mas pra fazer…”
“Mais um???? E o pior, ano que vem a gente se vê de novo…”
“Por várias vezes entravam no quarto sem se apresentar, não explicavam nada, não pediam permissão e apertavam meu peito.”
Quem já ouviu ou viveu alguma das situações acima foi vítima da chamada violência obstétrica. Mais comum do que se imagina, o tema virou alvo de uma campanha educativa da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), sob a coordenação da Rede Cegonha, para esclarecer profissionais e usuários das redes públicas e privadas de saúde.
A ação começa neste mês de novembro com a distribuição de material informativo nas maternidades de Manaus e em outras unidades de saúde com exemplos e conceitos de violência obstétrica, além de canais onde podem ser feitas denúncias.
Segundo a coordenadora da Rede Cegonha da Susam, Luena Xerez, muitas das vezes, pela falta de informação, pacientes e profissionais acabam não percebendo quando são vítimas e autores de violência obstétrica, respectivamente.
“Violência obstétrica é todo ato de violência cometido durante a gestação, no atendimento de pré-natal ou na hora do parto. Uma ofensa com palavras, um procedimento sem consentimento da paciente, um olhar de reprovação, estão entre os atos que configuram violência obstétrica e muitas pessoas nem têm consciência disso”, explica Luena.
A coordenadora também destaca que a violência pode ser cometida por qualquer profissional dentro das unidades de saúde. “Desde o atendimento dado pelas pessoas da recepção até os médicos, enfermeiros, todos precisam acolher essa mulher bem e de forma satisfatória”, destaca Luena.
Foto: mulhermagnifica/reprodução
*Com informações da Secom.