A exploração da mina de potássio no município de Autazes, no interior do Amazonas, foi um das principais temas abordados pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), na reunião que conduziu no conselho administrativo da Zona Franca de Manaus (ZFM), nesta sexta-feira (1º), na Suframa , conforme adiantara o BNC Amazonas .
Alckmin, um defensor do empreendimento no Amazonas, disse que “finalmente a Justiça decidiu que agora é o Ipaam [Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas]” o órgão responsável pelo licenciamento ambiental para a exploração do potássio.
De acordo com ele, que também é o ministro da indústria, o Ibama confirmou a determinação judicial de que a competência de licenciamento é estadual, portanto, do Governo do Amazonas.
“Vamos trabalhar bastante porque nós vamos estar ajudando a produzir proteína, alimentar a população brasileira e ajudar a população mundial”, disse Alckmin.
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Lima elogia Alckmin
Ao lado de Alckmin na mesa diretora da reunião do CAS, o governador Wilson Lima (União Brasil) destacou o comprometimento do presidente na viabilização da exploração do potássio como uma nova matriz econômica do Amazonas.
Com a decisão judicial favorável ao estado, Lima disse que determinou ao Ipaam que siga a legislação ambiental para autorizar a exploração do minério “de forma segura”.
Conforme o governador, é preciso buscar caminhos para o desenvolvimento sustentável.
“A gente não pode ficar de joelhos por conta, às vezes, de um discurso equivocado de proteção do mundo, em que a riqueza fica debaixo da terra e o nosso povo vivendo da pobreza”.
Em conclusão, Lima disse a Alckmin que se comprometía com o que for necessário para avançar o processo de exploração do potássio.
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Potássio para o Brasil
Conforme Lima, a mina de potássio “é importante não só para o estado do Amazonas”, mas para todo o país, com capacidade “de fornecer 25% do potássio do Brasil durante 30 anos”.
Ademais, afirmou o governador que o potássio exportado da Rússia para uso na agricultura do Mato Grosso, por exemplo, demora 107 dias para chegar.
De Autazes, pelo rio Madeira, essa logística cairia para cinco dias, conforme Lima.
Como resultado, o governador afirmou estar “muito esperançoso que ainda no segundo semestre a gente tenha início naquela operação lá em Autazes”.
Foto: BNC Amazonas