A Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) vive um momento histórico com o aumento da representatividade feminina. Com isso, atualmente conta com cinco deputadas estaduais.
Sobretudo, o parlamento amazonense conta com o trabalho de Therezinha Ruiz (PSDB), Nejmi Aziz (PSD), Alessandra Campêlo (MDB), Dra. Mayara (PP) e Joana Darc (PL).
De antemão, historicamente, a composição da Assembleia teve, no máximo, duas mulheres nas últimas 18 legislaturas, havendo várias vezes em que nenhum cargo de parlamentar era ocupado por uma única mulher.
Ainda mais, a 19ª legislatura ganhou mais força com a chegada de Nejmi Aziz, suplente do deputado Augusto Ferraz, que virou prefeito de Iranduba.
Ela mobilizou campanha da rede solidária para arrecadar doações para famílias mais atingidas pela covid, apresentando um projeto ao Governo do Estado para a saúde das mulheres, como presidente de Comissão de Assistência Social.
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Para a deputada Nejmi Aziz é motivo de honra fazer parte de um marco histórico para a política amazonense. “Como presidente da Comissão de Assistência Social e Trabalho estamos mobilizando e sensibilizando a iniciativa privada que já tem dado uma contribuição no combate ao coronavírus, transmissor da Covid-19, somando-se aos esforços do Governo do Estado”, afirmou.
Contudo, a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB), que é presidente da Comissão da Mulher, Famílias e do Idoso, lembrou de quando entrou no Parlamento como única mulher entre os 24 deputados durante quatro anos.
Ela incluiu na pauta de Projeto de Lei (PL), a defesa dos direitos das mulheres, especialmente o combate à violência. “Quando fui eleita deputada pela primeira vez, em 2014, fui a única parlamentar mulher eleita. Eram 23 homens e apenas eu como deputada. Naquele momento, eu era a única voz das mulheres”, frisou a deputada.
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Para a deputada Mayara Pinheiro (PP), que foi eleita com o maior número de votos no último pleito eleitoral, esse é sem dúvidas um momento marcante para a política brasileira. De acordo com ela, o fenômeno tem se espalhado pelo país.
“No Estado do Amazonas, a bancada feminina tem mostrado o valor destas guerreiras com uma legislatura propositiva e atuante”, analisou Mayara Pinheiro.
Mas, para a presidente da Comissão da Saúde da Aleam, para efetivar a representatividade feminina na política muito ainda deve ser feito. “Considero que o Amazonas tem fazendo sua parte, a ponto de termos quase um quinto da Casa Legislativa composta por mulheres a partir de fevereiro”, ponderou Mayara Pinheiro.
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A primeira deputada da Assembleia do Amazonas, a solicitar licença-maternidade , Joana Darc (PL), atualmente se dedica aos cuidados com o pequeno Joaquim, que veio ao mundo na última semana. Ela conta que a data sem dúvidas está sendo vivida e sentida de maneira diferente.
“Ter um parlamento com cinco cadeiras femininas demonstra a mudança que o mundo passa, a nossa força, a nossa representatividade e o poder da nossa influência. Que a política seja mais feminina e que nenhuma mulher deixe de alcançar seus sonhos pessoais e profissionais pelo simples fato de ser mulher”, comemora Joana Darc.
Therezinha Ruiz (PSDB) também já foi a única mulher deputada na 16ª legislatura (entre 2007-2011) e retornou ao parlamento em 2018, em uma configuração bem diferente. Para ela, as mulheres não podem desanimar com as dificuldades do meio político.
“Pela primeira vez a Assembleia tem cinco mulheres que enfrentaram essas dificuldades. Isso traz uma sensibilidade por parte dos políticos, com atenção diferenciada pelo olhar das mulheres. e, consequentemente, uma maior integração desta sensibilidade também nos políticos homens, em atenção às mulheres, às crianças e aos idosos”, citou.
Foto: Divulgação