Nesta quarta-feira (27), o parlamentar bolsonarista Luiz Lima (PL-RJ) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para se posicionar contra a compra pela China de uma reserva de urânio no Amazonas.
Conforme observou o BNC Amazonas , a venda foi comunicada, nesta terça-feira (26), pela empresa mineradora Taboca ao governo estadual.
A empresa, que atua na mina do Pitinga, na região da hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, transferiu 100% das suas ações à CNT, China Nonferrous Trade Co. Ltd., subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co..
O valor do negócio, contudo, não foi divulgado.
Para o parlamentar, não se trata apenas de comércio, pois em tempos de instabilidade global pode ser “decisivo para a segurança nacional”.
“O urânio, fundamental tanto para a geração de energia nuclear quanto para uso militares, representa não apenas uma riqueza mineral, mas um ativo de soberania nacional e segurança energética”.
Portanto, Lima disse que a recente aquisição da maior reserva de urânio do Brasil, localizada no município amazonense, é um “alerta sobre a estratégia de gestão dos recursos estratégicos do país”.
“Embora o Brasil utilize 99% de seu urânio para fins energéticos, a venda desse recurso, vital para uma estatal estrangeira, vinculada ao governo da República Popular da China, levanta questões críticas sobre o controle e a exploração de reservas estratégias”.
Para ele, a presença de uma empresa chinesa em um setor tão sensível reforça preocupações sobre a “crescente influência externa em áreas-chave da economia brasileira, particularmente quando se trata de países com interesses geopolíticos”.
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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados