Amazonas Energia deixa Benjamin Constant sem luz por falta de combustĂvel
Benjamin Constant ficou sem luz por falta de combustĂvel. O MP-AM moveu aĂ§Ă£o contra a Amazonas Energia, cobrando planejamento e soluções urgentes.

Publicado em: 26/09/2024 Ă s 16:19 | Atualizado em: 27/09/2024 Ă s 00:01
A empresa privada Amazonas Energia deixou o municĂpio de Benjamim Constant em completa escuridĂ£o no dia 23 de setembro.
A empresa alegou que ficou sem combustĂvel para funcionar a usina termelĂ©trica devido Ă s dificuldades de transporte pelo rio Solimões, atingido por severa vazante.
Para o MinistĂ©rio PĂºblico do Amazonas (MP-AM), contudo, a concessionĂ¡ria nĂ£o agiu corretamente.
Primeiramente, porque a cidade ficou no apagĂ£o de forma abrupta, sem aviso prĂ©vio adequado e sem explicações claras Ă populaĂ§Ă£o.
Depois, o corte de energia afetou serviços essenciais, como o abastecimento de Ă¡gua e o funcionamento das unidades de saĂºde.
Sem contar o prejuĂzo ao comĂ©rcio e Ă populaĂ§Ă£o, que sofre com onda de altas temperaturas e forte estiagem.
Diante disso, por meio da promotoria de Justiça local, o MP-AM ajuizou uma aĂ§Ă£o pĂºblica contra a Amazonas Energia.
Conforme o promotor titular no municĂpio, Alison Buchacher, a aĂ§Ă£o quer que a empresa seja obrigada a garantir o abastecimento de energia de Benjamim Constant, na regiĂ£o da trĂplice fronteira com ColĂ´mbia e Peru.
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AtuaĂ§Ă£o ruim
De acordo com o promotor, a crise com a vazante do Solimões Ă© reconhecida, mas nĂ£o Ă© desculpa para a Amazonas Energia prestar serviço sem planejamento.
Afinal, desde muito cedo jĂ¡ havia o alerta no Amazonas que a seca dos rios seria mais grave que a histĂ³rica de 2023.
Dessa forma, o transporte de combustĂvel para abastecer a usina da cidade e de outros municĂpios da regiĂ£o, que sofrem com o mesmo problema, deveria ter sido planejado com antecedĂªncia.
“JĂ¡ passamos por situações similares, e cabe Ă s empresas adotar medidas de prevenĂ§Ă£o, como o planejamento adequado para situações de seca”, disse o promotor.
Como consequĂªncia, Buchacher entrou com a aĂ§Ă£o neste dia 25 de setembro, pedindo a normalizaĂ§Ă£o urgente do fornecimento de energia.
AlĂ©m disso, cobrou que a empresa apresente um cronograma detalhado com as soluções e medidas preventivas que serĂ£o tomadas.
Ao final, o MP pede a condenaĂ§Ă£o da Amazonas Energia ao pagamento de R$ 100 mil por dia de falta de luz injustificada, em razĂ£o dos transtornos causados Ă populaĂ§Ă£o.
Foto: divulgaĂ§Ă£o