Com áreas do Amazonas, governo fatura R$ 421 milhões com leilão do petróleo
Em leilão no Rio de Janeiro, 15 empresas arremataram 192 blocos, resultando em arrecadação total de R$ 421,7 milhões para o governo.

Diamantino Junior
Publicado em: 13/12/2023 às 15:51 | Atualizado em: 13/12/2023 às 20:54
Nesta quarta-feira (13/12), o governo federal realizou um leilão de áreas para exploração de petróleo e gás natural, obtendo uma arrecadação expressiva de R$ 421,7 milhões. Bacia do Amazonas faz parte.
O evento, sediado no Rio de Janeiro, atraiu a participação de 15 empresas, que arremataram 192 dos 602 blocos leiloados, além de uma área de acumulação marginal sem produção comercial.
As áreas disponíveis estavam distribuídas em 33 setores, compreendendo blocos exploratórios tanto marítimos quanto terrestres.
Diversas bacias geológicas foram contempladas, abrangendo regiões como Pelotas (RS e SC), Potiguar (RN), Santos (SC ao RJ), Paraná (GO, MT, MS, SP, PR, SC e RS), Espírito Santo (ES), Tucano (BA), Amazonas (AM e PA), Recôncavo (BA) e Sergipe-Alagoas (SE e AL).
O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, destacou a importância estratégica desse leilão em meio às discussões sobre a transição energética.
Para o Brasil, a contratação de novas áreas representa um passo significativo para evitar a queda na produção já a partir do início da próxima década, afirmou Saboia.
O leilão seguiu o modelo de oferta permanente de concessão, que se tornou prioritário desde 2021. Nesse formato, as áreas ficam disponíveis para manifestação de interesse das empresas, sem um prazo estabelecido.
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Quando há manifestações de interesse, o certame é iniciado em até 120 dias, após a aprovação de uma ou mais cartas pela ANP. As propostas são então abertas em sessão pública.
Esse modelo, adotado após a 17ª Rodada de Licitações em 2021, substituiu os leilões tradicionais de petróleo.
Na tarde desta quarta-feira, a ANP realizará outro leilão, desta vez voltado para áreas localizadas no pré-sal.
Exploração
A Petrobrás protocolou, nessa quinta-feira (25), no Ibama, um pedido de reanálise da licença ambiental para exploração de petróleo na bacia da Foz do rio Amazonas.
Conforme publicou a Agência Brasil, a estatal quer que o órgão ambiental reconsidere o indeferimento da licença.
Dessa forma, a empresa petrolífera precisa da autorização ambiental do Ibama para iniciar a perfuração do poço exploratório do bloco FZA-M-059.
A área fica localizada em águas profundas, a 175 quilômetros da costa do Amapá.
A exploração é uma fase do empreendimento em que a petrolífera avalia o potencial comercial do bloco, verificando se a jazida realmente existe e qual o perfil do óleo e gás existentes ali.
Nesse sentido, só então a empresa decide se começa a produzir ou não petróleo naquela área.
No pedido de concessão da licença ambiental, a Petrobras se compromete a garantir 12 embarcações, sendo duas delas a serem mantidas de prontidão ao lado da sonda para fazer o recolhimento imediato do óleo eventualmente vazado.
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