Lula mantém esperanças na exploração de petróleo no Amazonas

Matéria traz informações sobre os planos da Petrobrás, os desafios ambientais e as perspectivas para a região amazônica.

Diamantino Junior

Publicado em: 03/08/2023 às 17:37 | Atualizado em: 03/08/2023 às 17:37

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a negativa do Ibama para a exploração de petróleo na bacia da foz do Rio Amazonas não é definitiva e que a população pode “continuar sonhando” com o projeto.

Em entrevista a rádios da Amazônia, o petista disse que a licença está em análise, mas indicou que o governo deve autorizar a Petrobrás a fazer pesquisas na região.

A Petrobrás tinha planos de perfurar o chamado bloco 59, localizado a 500 km da foz do Rio Amazonas e a 160 km da costa do Amapá, para verificar a presença de petróleo no local.

No entanto, o Ibama negou a autorização em maio, apontando deficiências técnicas nos planos de proteção à fauna e de emergência para vazamentos de óleo. A estatal apresentou um pedido de reconsideração, que ainda está sob análise.

Lula enfatizou que o Brasil não pode deixar de pesquisar e que, se houver petróleo na região, o governo tomará uma decisão sobre a exploração.

Ele citou outros países que já exploram petróleo na região e ressaltou que o bloco 59 está a muitos quilômetros de distância da costa.

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O bloco 59 fica em águas ultraprofundas, em uma região pouco explorada, com forte presença de correntes marinhas, espécies ameaçadas de extinção e recifes de corais recém-descobertos.

Um possível vazamento de óleo também poderia atingir países vizinhos em menos de dez horas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é contra o projeto, mas há pressão para que a exploração seja realizada por políticos e autoridades de diversos estados.

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil