O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse hoje (23) “arranjo político” para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, essa questão causou divisão no governo Lula. Ou seja, de um lado a ala ambiental e a dos parlamentares da região Norte.
Sobre o tema, o presidente do Ibama afirmou:
Eu emito 3.000 licenças por ano, não tenho como ficar em cada licença chamando todas as partes, buscando uma composição, porque não cabe composição [política] em decisões que são técnicas. Muitas vezes a gente vai tomar decisões que vão agradar um grupo de pessoas, desagradar outro grupo de pessoas .
Nesse sentido, Agostinho ainda disse que, em caso de acidentes, embarcações chegariam ao local cerca de 48 horas depois.
Com isso, aumenta o risco de que o óleo atinja a costa brasileira.
Além disso, presidente do Ibama também argumentou que a exploração na foz do Amazonas não pode ser comparada com a de países vizinhos, que executam essas atividades.
A Venezuela está na mesma linha do Equador, na mesma faixa equatorial, mas está muito mais distante da foz do rio Amazonas. Então existe uma série de implicações diferentes ali. Na Venezuela, você tem uma situação de um certo abrigo por conta da presença do lago Maracaibo, você tem uma série de situações ali, a gente já está falando do mar do Caribe, um pouco diferente da foz do Amazonas , afirmou.
Ainda conforme ele, chegou a pedir complementação de informações para a Petrobras, antes de o órgão tomar a sua decisão.
De acordo com a publicação, no entanto, não foi detectada viabilidade ambiental e segurança.
Para o dirigente do Ibama, decisão não significa que o órgão tenha fechado as “portas” para a Petrobras, que pode reapresentar os pedidos de licença.
Assim, na quarta-feira passada (17), Agostinho acompanhou parecer técnico do órgão e negou o pedido pela Petrobrás para explorar petróleo na foz do Amazonas.
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Foto: divulgação/Agência Câmara