Amazônia foi desmatada 150% a mais em dezembro

O novo governo vai herdar um desmatamento elevado.

Amazônia foi desmatada 150% a mais em dezembro

Ednilson Maciel

Publicado em: 07/01/2023 às 18:23 | Atualizado em: 10/01/2023 às 13:02

A Amazônia teve um aumentou de desmatamento de 150% em dezembro em relação ao mesmo mês do ano anterior.

De acordo com o Poder360, o dado é do sistema Deter-B, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgado ontem (6)

Segundo o estudo, a área sob alerta de desmatamento na Amazônia foi de 4.793 km² no acumulado de agosto a dezembro.

Isso representa um recorde para o período na série histórica iniciada em 2016.

Além disso, foi registrado aumento de quase 54% em relação aos mesmos 5 meses de 2021.

Dess aforma, em nota, a ONG Observatório do Clima disse considerar os dados divulgados alarmantes.

Confirma a corrida pelo desmatamento que ocorreu no fim do mandato de Jair Bolsonaro, revertendo a tendência de queda registrada pela taxa oficial, do sistema Prodes, de agosto de 2021 a julho de 2022 em relação ao período anterior, lê-se no comunicado.

Da mesma forma, o Deter mostra diariamente sinais de alteração na cobertura florestal.

Segundo o Inpe, a identificação é feita por interpretação visual com base na cor, tonalidade, textura, forma e contexto das imagens recebidas.

Assim, os dados produzidos não são oficiais, mas alertam sobre onde está e qual a dimensão do desmatamento. Os dados podem ser checados no mapa interativo do Deter.

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Inpe

O Inpe tem outro sistema de monitoramento, o Prodes, mais detalhado. Neste caso, os dados de desmatamento são divulgados anualmente.

Ou seja, considerando-se o período de agosto de um ano até julho do ano seguinte. Ou seja, o novo governo vai herdar um desmatamento elevado.

Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023”, disse o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.

“O governo Bolsonaro acabou, mas sua herança ambiental nefasta continua.”

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Foto: Divulgação