Amazônia: governo federal completa mil operações na terra de ianomâmis
Ao todo, são 31 órgãos federais envolvidos.

Ednilson Maciel
Publicado em: 16/07/2024 às 08:17 | Atualizado em: 16/07/2024 às 08:17
A milésima operação de segurança do governo federal na terra indígena ianomâmi para a retirada do garimpo ilegal ocorreu no último sábado (13).
De acordo com a Agência Gov, a ação foi na região de Palimiú com a participação do Censipam, da Força Nacional e da Funai.
Na ocasião, foram destruídos equipamentos de mineração e apreendidos aproximadamente mil quilos de cassiterita. Além de 140 litros de combustível, uma antena Starlink e uma tesoura de corte, além da detenção de um suspeito envolvido no garimpo ilegal.
Dessa forma, o objetivo prioritário é o combate à logística arquitetada pelos criminosos para o acesso às riquezas da maior terra indígena do Brasil, situada na Amazônia.
Desde o início dos trabalhos, já foram apreendidas e inutilizadas 18 aeronaves, mais de 72 mil litros de óleo diesel, 467 motores, 54 antenas Starlink, 38 mil quilos de cassiterita e mais 10.848 quilos de ouro. No período, 59 pessoas foram presas.
“É um marco. Em cinco meses, enfrentamos com determinação, inteligência, coordenação e parceria o garimpo ilegal que tanta destruição ocasionou à Terra Yanomami e a seus detentores”, considerou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino.
Sem o garimpo, damos espaço para que novas e mais medidas sejam implementadas pelos órgãos federais que atuam na pauta indígena. Ainda é preciso muito apoio para o resgate do povo Yanomami, porque os estragos do garimpo, como a contaminação por mercúrio, a disseminação de doenças, somados aos anos de descaso, deixaram uma herança de terra arrasada. É para mudar esta realidade que estamos trabalhando incansavelmente, disse Tubino
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Queda da atividade ilegal
Além dos dados de apreensões e destruição da infraestrutura criminosa, o governo já registra queda acentuada da atividade ilegal. Assim como, o aumento dos custos para exploração do garimpo na terra indígena ianomâmi.
Ao mesmo tempo, o número de alerta de garimpo naquel terra indígena teve queda de 73% no período de janeiro, fevereiro, março e abril de 2024, comparado ao mesmo período em 2023.
Conforme o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa. Já os custos para a atividade do garimpo ilegal ficaram 40% mais caros.
Dessa maneira, ao todo, são 31 órgãos federais envolvidos.
*Com informações da Agência Gov
Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo