Uma “clareira” foi aberta por madeireiros e grileiros dentro da terra indígena Karipuna, cuja pretenção dos invasores é criar gado ou fazer plantio.
A denúncia sobre a invasão na terra protegia foi feita por uma liderança do povo Karipuna ao g1, conforme a publicação de Jaíne Quele Cruz.
“É uma área desmatada, já tem capim semeado para criação de gado dentro do território indígena que é um território homologado desde a década de 90, com decreto federal com portaria e tudo mais”, contou ao g1.
A clareira foi identificada esta semana pelos próprios indígenas, com equipamentos que eles utilizam para monitorar o território. A área desmatada é conhecida como Igarapé Fortaleza e fica a cerca de 3 km da divisa do território.
Como resultado, o desmatamento no local causa prejuízos ambientais e afeta diretamente na subsistência dos indígenas que sobrevivem das plantações de castanha e açaí.
Isso [o desmatamento] afeta a nossa subsistência econômica. Lá onde eles desmataram era [enfático], porque já não é mais, uma área de castanhais e açaizais que era [enfático] nossa fonte de subsistência financeira , revelou.
Contudo, esse não é o único ponto de desmatamento nem a única área afetada pela presença de invasores dentro da TI Karipuna.
De acordo com os indígenas, a ação invasora afeta a fauna, a flora e os recursos hídricos dentro da TI.
Além de temer os prejuízos ambientais, os indígenas também têm receio de conflitos, já que a região onde os invasores ficam é próxima do caminho que eles utilizam quando precisam ir até a cidade.
“Quando há desmatamento não tá destruindo só a floresta. Tem o impacto ambiental, social e psicológico porque os Karipunas vivem lá dentro assustados”, aponta.
Assim sendo, segundo o líder indígena, atualmente seu povo vive “cercado” por crimes como desmatamento, pesca predatória e retirada ilegal de madeiras.
Então, os Karipunas pedem, além da retirada dos invasores, fiscalizações rotineiras dentro do território para coibir os crimes.
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Foto: divulgação/Povo Karipuna