Apenas 4 votos de vereadores foram suficientes para livrar o prefeito de Borba afastado, Simão Peixoto (Republicanos), da cassação do mandato recomendado pela comissão processante da casa.
Em votação fatiada de três denúncias, em todas o denunciado saiu vencedor, conforme o entendimento basicamente de quatro vereadores. São eles: Cláudio Pantoja, Geremias da Cruz, Jacimar Rebelo, Tadeu Linhares (1 voto) e Miguel Lima (1 voto).
As denúncias analisadas pela comissão processante (prisão em operação do MP-AM, ameaça de agressão a vereadora e luta corporal com cidadão) tiveram indicação pela cassação do mandato de Peixoto.
Os demais seis vereadores entenderam de forma diferente da comissão. Sobre o fato de o prefeito do município ter sido preso e afastado do cargo por acusação de comandar organização criminosa, praticar corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, os quatro vereadores julgaram que isso tudo não é motivo para tirar o mandato de Peixoto.
Os mesmos quatro votos apareceram para livrar o prefeito da ameaça de surra prometida publicamente à vereadora Tatiana Franco.
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Igualmente, a luta livre contra um cidadão borbense por críticas ao prefeito foi analisada pelos vereadores apenas como uma armação para arrecadar alimentos para doação à população.
Um vereador chegou a dizer que ia votar contra a cassação porque o adversário na luta não era nada no município, nem mesmo tinha sido vereador.
E assim, com discursos banais antes do voto, que às vezes deu a impressão que quem estava em julgamento era a comissão processante, e não o prefeito e seus malfeitos, a câmara de Borba deu aval político para Simão Peixoto seguir no mandato.
Este, contudo, seguirá afastado do cargo e cumprindo punições da Justiça. Como, por exemplo, usando tornozeleira que identifica implicados com a lei e sem poder sequer se aproximar da prefeitura do município.
Foto: reprodução/vídeo