Assistente social diz que foi estuprada no hospital de Nova Olinda

De início, o médico teria feito comentários graciosos sobre as partes íntimas da paciente

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/01/2023 às 22:11 | Atualizado em: 19/01/2023 às 22:31

Uma assistente social da Prefeitura de Nova Olinda do Norte denunciou que foi estuprada por um médico do hospital do município. O caso teria acontecido no final da tarde do último dia 11, quando ela se submeteu a um exame de ultrassom.

Conforme contou às repórteres Edilânea Souza e July Anna, do site O Convergente, após o ultrassom, o médico resolveu fazer um exame transvaginal. Foi nesse momento, segundo a vítima, que começaram os abusos que levaram ao estupro.

De início, o médico teria feito comentários graciosos sobre as partes íntimas da paciente. Em seguida, ele introduziu o aparelho na vagina enquanto acariciava o clitóris, relatou a servidora.

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Sem apoio

Após conseguir se livrar do suposto estuprador, a assistente social procurou denunciar o ocorrido.

Primeiramente, foi à direção do hospital, que teria apenas lhe orientado a relatar tudo em documento. Quanto ao médico, continuou atuando normalmente, segundo ela.

A delegacia da Polícia Civil, para registro de boletim de ocorrência, foi o passo seguinte. Um inquérito para apurar a denúncia já foi aberto, segundo o site.

Criticando o prefeito de Nova Olinda do Norte e sua secretaria de saúde por não terem lhe apoiado, a vítima buscou a promotoria do Ministério Público (MP-AM).

Como resultado, o prefeito, a secretaria e a polícia receberam prazos para agir na apuração da denúncia. Por exemplo, tomar pelo menos a providência de ouvir o médico acusado.

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Busca de providência

Diante do quase nenhum interesse do prefeito e sua administração em apoiar a servidora, o caso foi levado a Manaus.

Os conselhos regionais de medicina e de serviço social já foram acionados. Assim como o Instituto dos Profissionais da Área de Saúde (Inpas), ao qual o médico é vinculado.

Por ser hospital estadual, a denúncia também foi feita à Secretaria de Saúde (SES-AM).

Para se prevenir de qualquer retaliação por ter denunciado o crime supostamente ocorrido no ambiente de trabalho, a vítima também registrou o caso na Delegacia de Crimes contra a Mulher, em Manaus.

Foto: reprodução/vídeo