O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve insistir com militares no comando de órgãos contra crimes ambientais na Amazônia. Isso caso ele consiga um segundo mandato.
Nesse sentido, ele diz, em seu plano de governo, “promover a conservação e uso dos recursos naturais”. Da mesma forma, o candidato defende conciliar “a preservação do meio ambiente com o desenvolvimento econômico e social”.
De acordo com o g1, o documento, Bolsonaro cita o compromisso com o combate ao desmatamento e queimadas ilegais na Amazônia.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro aponta outros pontos do plano:
Consolidação de bases de dados para que “harmonizem” os resultados dos levantamentos sobre queimadas no país;
Continuar com a operação Guardiões do Bioma;
Acelerar o desenvolvimento de ações de redução e mitigação de gases de efeito estufa e uso racional de recursos naturais;
Proteção dos direitos dos povos indígenas e quilombolas.
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Atual governo
Dessa forma, conforme a publicação, na atual gestão, os números recentes fornecidos pelo próprio governo federal mostram que é preciso frear o aumento da devastação.
Por exemplo, os alerta de desmatamento na Amazônia voltaram a subir na atual temporada, ficando pelo terceiro ano acima de 8 mil km².
Como resultado, os números indicam ainda que as queimadas persistem no bioma, tendo registro em 22 de agosto o pior dia de queimadas em 15 anos.
Além disso, outro dilema é encontrar financiamento para combater a devastação.
A princípio, uma das fontes, o Fundo Amazônia, foi paralisado pelo atual governo e, por isso, o Brasil corre o risco de ter que devolver R$ 3,2 bilhões a países doadores.
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Outros candidatos apresentam seus plano
Da mesma forma, outros planos de governo apresentados pelos candidatos à Presidência da República ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abordam a questão ambiental.
Os outros nomes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos dizem em seus documentos que uma das prioridades é o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas pelo país.
Lula
O ex-presidente Lula da Silva (PT) diz que irá combater o desmatamento ilegal e irá conservar todos os biomas brasileiros.
Também pretende cumprir as metas assumidas na Conferência de 2015 em Paris e garantir a transição energética.
O documento também cita o combate ao uso predatório dos recursos naturais e o estímulo às atividades econômicas com menor impacto ecológico.
Veja outros pontos do plano:
Promover a transição ecológica das cidades;
Proteção dos direitos e dos territórios dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais;
Fortalecimento da Funai e do Sistema Nacional de Meio Ambiente;
Combater o crime ambiental promovido por milícias, grileiros, madeireiros ou qualquer outra organização que atue contra a lei.
Ciro
Então, em seu plano de governo, Ciro Gomes (PDT) diz que o crescimento do Brasil passa “necessariamente por uma agenda ambiental clara”.
Entre suas propostas estão: reduzir o desmatamento, a emissão de gases danosos à atmosfera e viabilizar o crescimento econômico sustentável.
O documento também defende a criação de zonas econômicas e ecológicas no país, em especial na região amazônica.
Veja outros pontos do plano:
Criação de uma estratégia de desenvolvimento regional com maior segurança fundiária;
Envolver a população local em atividades econômicas que sejam rentáveis e sustentáveis a eles, mas que excluam o desmatamento;
Preservar as reservas territoriais destinadas à população indígena, para que não sejam exploradas de forma ilegal por outros grupos étnicos.
Tebet
Ainda na reportagem do g1 , no seu plano de governo, Simone Tebet (MDB) se compromete a adotar a política de tolerância zero com o desmatamento ilegal.
Além de reduzir a devastação, “combater com rigor” grileiros, invasores, madeireiros e garimpeiros e fortalecer a fiscalização de todos os biomas.
O documento também diz que a candidata pretende acelerar e antecipar o alcance de metas de redução de gases de efeito estufa. Assim comode reflorestamento previstas nos acordos internacionais e pretende fortalecer os órgãos de fiscalização, como o ICMBio, Inpe e Ibama.
Veja outros pontos do plano:
Criar cadastros nacionais de empresas, projetos e pessoas que promovam desmatamento, invasão de terras, mineração ilegal e emissões ilegais;
Organizar, formalizar e regulamentar um sistema nacional para o mercado de créditos de carbono;
Implementar o “Selo Verde” para monitoramento de toda a cadeia de produtos certificados;
Acelerar adoção, informatização, consolidação e análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Foto: Crédito: Sd A. Soares/Exército