De olho nas urnas de 2022, em que busca novamente o cargo de governador do Amazonas, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) se transformou no principal inquisidor de Marcellus Campelo.
O ex-secretário de saúde do Amazonas está depondo, desde às 10h, na CPI da Covid do Senado.
Desde o primeiro momento da inquirição, Braga vem buscando desconstruir o discurso, a narrativa de Marcellus Campelo que vem tentando se defender das acusações principalmente daquelas que o levaram à prisão pela Operação Sangria, da Polícia Federal.
No início da sessão, Eduardo Braga interrompeu o depoente que já falava cerca de 20 minutos, em um exposição sobre a atuação dele na Secretaria Estadual de Saúde.
O senador do Amazonas criticou a “fala unilateral” de Campelo e criticou o relator Renan Calheiros por não fazer as perguntas necessárias ao depoente.
Braga questionou a contração do hospital de campanha, no prédio da Nilton Lins, e perguntou por que o Delphina Aziz não foi utilizado adequadamente.
O líder do MDB também duvidou das informações repassadas pelo ex-secretário sobre a data (7 de janeiro) que faltou oxigênio em Manaus. Baga disse que havia informações anteriores sobre o período relatado e que faltou planejamento da Secretaria de Saúde.
Intervenção no estado
Ao questionar o depoente, o relator Renan Calheiros perguntou se o ex-secretário tinha conhecimento da reunião interministerial que o governador Wilson Lima teve no Palácio do Planalto sobre o pedido de intervenção feito pelo senador Eduardo Braga.
Marcellus Campelo disse que não tinha conhecimento da reunião nem dos argumentos apresentado por Wilson Lima para rechaçar o pedido de intervenção por parte do governo federal.
Tanto Renan Calheiros quanto Eduardo Braga se irritaram com as respostas evasivas do ex-secretário.
O senador do Amazonas chegou a chamar Marcellus Campelo de “mentiroso” por não responder da forma que ele desejava.
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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado