De Brasília às aldeias do Amazonas, a comunicação é com repórteres indígenas
O comunicador indígena João Paulo Sampaio da Rede Wayuri, morador de São Gabriel da Cachoeira, realiza a cobertura do Acampamento Terra Livre, em Brasília

Ferreira Gabriel
Publicado em: 25/04/2024 às 09:17 | Atualizado em: 25/04/2024 às 09:18
“Awiti mãsa”. A transmissão de, no mínimo, duas horas de duração começa com uma saudação em língua tukano que poderia ser traduzida como “olá, tudo bem?”.
Ao vivo, direto do Acampamento Terra Livre (ATL), no centro de Brasília, o comunicador indígena João Paulo Sampaio, da Rede Wayuri, da etnia piratapuia, e residente em São Gabriel da Cachoeira, do interior do Amazonas, não para nunca. Ele tem a preocupação de contar as novidades do evento na capital do Brasil.
Por isso, entra ao vivo na rádio e nas redes sociais, fotografa, filma e escreve. “As pessoas da minha comunidade estão esperando pelas novidades daqui”.
Comunicadores indígenas como ele, em diferentes idiomas, e inclusive em português, são como enviados especiais ao ATL para um trabalho que vai além da cobertura midiática.
Eles são também ativistas, de forma a garantir a visibilidade e a memória das reivindicações das comunidades. Para eles, a comunicação deve ser revestida de ativismo. Os equipamentos eletrônicos, de câmeras profissionais a pequenos aparelhos de celular, estão a esse serviço, combinando com as vestimentas e adereços diversos que marcam a pluralidade do evento.
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