Após dois anos consecutivos de vazantes históricas, os rios do Amazonas finalmente começam a recuperar seus níveis normais, impulsionados pelas chuvas intensas que têm atingido a região, segundo a Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias.
Esse fenômeno é um sinal de recuperação, com impactos diretos tanto no ecossistema quanto na economia local.
Rio Negro O rio Negro, em Manaus, apresentou um aumento significativo no nível de suas águas nos últimos dias. De sábado até ontem (17), o rio encheu 27 cm, com uma média de 9 cm por dia, atingindo a cota de 22,73 metros acima do nível do mar.
Esse valor é superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando o rio subiu apenas 3 cm, alcançando a cota de 21,83 metros.
Comparando com anos anteriores, em 2021, o rio Negro subiu 9 cm, atingindo a cota de 25,39 metros, enquanto em 2022 e 2023, os aumentos foram de 2 cm e 8 cm, respectivamente, com cotas de 23,94 metros e 23,26 metros.
O aumento atual reflete um cenário de recuperação após as maiores secas, em mais de 120 anos: 2023 (12,70), e 2024 (12,66).
Este rio, é uma via principal de transporte de mercadorias e pessoas. Ele impulsiona o turismo fluvial, abastece a cidade com água e sustenta a pesca, além de conectar a capital a comunidades ribeirinhas.
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Rio Solimões Em Tabatinga, o rio Solimões também registrou um aumento considerável no nível de suas águas. Nos últimos três dias, o rio subiu 26 cm, com um aumento de 9 cm apenas no último dia, atingindo a cota de 8,95 metros.
A enchente do rio Solimões é vital para a navegação e o transporte de mercadorias na região, principalmente quando se trata do fronteiriço com Colômbia e Peru.
Além de facilitar a pesca comercial e artesanal, também é uma rota estratégica para a distribuição de produtos da Zona Franca de Manaus.
Rio Amazonas O rio Amazonas, em Itacoatiara, apresentou um aumento de 24 cm nos últimos três dias, atingindo a cota de 9,67 metros. Esse crescimento acompanha o padrão de enchentes que está se estabelecendo na região.
Esse rio faz de Itacoatiara um polo logístico fundamental, abrigando um dos maiores portos do interior do Brasil.
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Rio Madeira Em Porto Velho, no rio Madeira, o nível das águas subiu 22 cm nas últimas 24 horas, alcançando a cota de 13,62 metros. Esse aumento é um sinal positivo para a região, que também enfrentou a seca na bacia amazônica.
O Rio Madeira é uma das principais vias de escoamento da produção agrícola de Rondônia e do norte do Mato Grosso.
Ele também abriga hidrelétricas, como a de Santo Antônio e Jirau, que geram energia para diversas regiões, além de sustentar a pesca e o turismo fluvial.
Lago Tefé A régua do flutuante base do Instituto Mamirauá mostrou que o lago Tefé, abastecido pelas águas do Solimões, também registrou um aumento em seu nível.
Entre os dias 16 e 17 de fevereiro, o nível subiu 17 cm, atingindo a marca de 14,01 metros.
Esse aumento é parte de uma tendência observada ao longo do mês, com o nível do lago variando entre 13,86 metros no início de fevereiro e 14,01 metros neste dia 17.
Foto: Adríssia Pinheiro/BNC Amazonas
