Conta de energia de comércios fechados dispara e deputado cobra explicações
Álvaro Campelo quer saber o porquê dos valores astronômicos durante a pandemia em Manaus

Israel Conte
Publicado em: 03/06/2020 às 12:13 | Atualizado em: 03/06/2020 às 12:13
A concessionária Amazonas Energia voltou a ser alvo de denúncias na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
Na sessão online desta terça-feira, dia 2, o deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas), cobrou explicações da concessionária quanto a denúncias de abusividade nas faturas dos pontos comerciais de toda cidade, que tiveram redução significativa de consumo de energia por estarem de portas fechadas.
Os comerciantes reclamam de estarem recebendo faturas com valores astronômicos durante o período da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O deputado pede à empresa que siga o que determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e que leve em consideração o decreto estadual, que manteve estabelecimentos fechados no estado, de modo que seja feita uma nova leitura, desta vez, pelo mínimo do consumo.
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“Essas cobranças estão sendo feitas pela média, e esses comerciantes passaram quase 3 meses com suas portas fechadas e sem faturamento, agora se veem diante de uma cobrança totalmente absurda. A Amazonas Energia tem que suspender essas cobranças indevidas, já que essas empresas não estavam em funcionamento e não houve consumo de energia. O próprio Código de Defesa do Consumidor, no seu artigo 39, inciso V, fala da proibição de se exigir vantagem manifestamente excessiva do consumidor”, afirmou Campelo.
“Lei do Gás”
Outro assunto abordado pelo parlamentar foi a complexidade da “Lei do Gás”.
De acordo com o Álvaro Campelo, o tema merece uma atenção especial por parte da Casa Legislativa com uma discussão mais ampla.
“A atual lei a respeito do gás, que vige em nosso Estado foi discutida durante 4 anos, de 2011 a 2013. Então, não podemos em apenas um dia fazer uma votação de um assunto tão importante como esse”, disse.
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O deputado propõe que a Casa Legislativa convide as Comissões de Geodiversidade, de Indústria e Comércio, de Assuntos Econômicos, do Meio Ambiente e de Defesa do Consumidor, para uma Audiência Pública com a participação da sociedade em geral, para que haja uma discussão mais ampla sobre a questão.
Conforme Campelo, o tema é muito complexo e isso tem causado dúvidas na população.
“Muitas pessoas estão achando que, com a aprovação da Lei, a botija de gás vai sofrer uma redução de 40%, o que não é verdade. O ponto-chave aqui é exploração, fornecimento e a venda para grandes indústrias e termelétricas. Portanto, esta esta é uma das inúmeras questões que precisam ficar muito claras para a população, tendo a chancela de todos os entes envolvidos”, finalizou.