Crianças vendem cursos e exibem prĂªmios proibidos nas redes sociais

InvestigaĂ§Ă£o revela influenciadores mirins no marketing de afiliados, levantando preocupações sobre trabalho infantil e a regulamentaĂ§Ă£o digital.

Publicado em: 25/11/2024 Ă s 15:58 | Atualizado em: 25/11/2024 Ă s 15:58

A prĂ¡tica de influenciadores mirins atraindo crianças e adolescentes para o marketing de afiliados tem gerado controvĂ©rsias, levantando questões sobre exploraĂ§Ă£o e legalidade dessas atividades. Em consequĂªncia disso, menores afirmam ganhar atĂ© R$ 100 mil com a venda de cursos em plataformas como Kiwify e Cakto, recebendo prĂªmios como placas e cestas com espumante.

A investigaĂ§Ă£o do G1 encontrou 33 perfis no Instagram e TikTok, onde crianças e adolescentes mostram um estilo de vida luxuoso e falam sobre grandes ganhos.

No entanto, embora nĂ£o revelem dados pessoais, suas postagens incluem provas de faturamento e prĂªmios, como cestas com espumante.

Isso contribui para a criaĂ§Ă£o de uma imagem de sucesso fĂ¡cil e rĂ¡pida.

Em resposta Ă s acusações, a Kiwify negou o envio direto de brindes para menores e anunciou revisĂ£o de seus processos para evitar novos incidentes.

A empresa afirmou que, segundo seus termos de uso, apenas maiores de idade ou pessoas com autorizaĂ§Ă£o podem se cadastrar na plataforma.

Caso identifique cadastros irregulares, a Kiwify bloquearĂ¡ os perfis e tomarĂ¡ as devidas providĂªncias para evitar o compartilhamento indevido de contas.

Entretanto, especialistas como Denise Auad e Kelli Angelini alertam que essas prĂ¡ticas podem configurar trabalho infantil, fraudes e estelionato. AlĂ©m disso, elas desvalorizam a educaĂ§Ă£o, promovendo a ideia de que o sucesso financeiro vem sem esforço, expondo as crianças a riscos no ambiente digital.

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Portanto, a situaĂ§Ă£o destaca a necessidade de regulamentaĂ§Ă£o mais rigorosa sobre o trabalho digital de menores e o controle de plataformas que envolvem crianças em atividades comerciais.

A matéria é do G1. Leia na íntegra.

Foto: reproduĂ§Ă£o/G1