O desmatamento da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. Conforme anunciou hoje (17) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Ainda de acordo com os novos dados do Imazon, nos últimos 12 meses, 36% do desmatamento ocorreu na divisa Amazonas-Acre-Rondônia. Como informa o g1.
Essa região, portanto, conhece-se como Amacro, onde grandes áreas desmatadas têm ocupado florestas públicas não destinadas e áreas protegidas.
De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.
Esses são os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que diferem da metodologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A princípio, o SAD também divulgou números na última sexta-feira (12).
Contudo, segundo o Imazon, os satélites usados são mais refinados que os dos sistemas do governo.
Além disso são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare. Enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que 3 hectares.
De acordo com os novos dados do Imazon, essa foi a segunda vez consecutiva em que o desmatamento passou dos 10 mil km² no período.
Então, somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários chegaram a 21.257 km², quase o tamanho do estado de Sergipe.
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Quarta vez seguida
Ao mesmo tempo, os dados do instituto apontam que essa foi a quarta vez seguida em que a devastação atingiu o maior patamar desde 2008. Na ocasião quando o Imazon iniciou o monitoramento com o SAD.
Assim, o sistema do Imazon detecta áreas desmatadas em imagens de satélites de toda a Amazônia Legal.
Isto é, região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 estados. Por exemplo Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.
Assim como leva em conta degradações florestais ou desmatamentos que ocorreram em áreas a partir de 1 hectare. Isso equivale a aproximadamente 1 campo de futebol.
“O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia”, afirma Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.
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Foto: Agência Brasil