MP-AM quer anular punição a diretor de escola que exigiu máscara

Vereador Gerson D'Ângelo, de Manacapuru, se recusou a usar máscara e ainda agrediu e ameaçou professor, que foi punido pelo prefeito de igual sobrenome

Diretor vereador Gerson Dangelo. Foto: Reprodução/internet

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 31/05/2021 às 18:28 | Atualizado em: 31/05/2021 às 18:41

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Manacapuru, quer anular punição a diretor de escola.

O caso ocorreu no dia 27, quando o diretor da escola Zoraida Ribeiro Alexandre, Jackson Azevedo, cobrou que o vereador Gerson D’Ângelo (Republicanos) usasse máscara como prevenção da covid (coronavírus).

Conforme denúncia recebida pelo MP-AM, o vereador teria ameaçado e desacatado o professor.

Na argumentação à Justiça, em ação pública com pedido de urgência, o MP entende que o diretor foi punido pela Prefeitura de Manacapuru mesmo sendo a vítima do caso.

Além de pedir anulação do afastamento, o MP quer suspensão de sindicância instaurada contra o professor pela secretaria de educação. 

A ação é assinada pela promotora de Justiça Tânia Maria de Azevedo.

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Ameaças

Conforme testemunhas do episódio, D’Ângelo teve discussão com o diretor da escola. Mas, em seguida adentrou as dependências do lugar, onde está funcionando a câmara municipal.

Contudo, sem máscara. E já no plenário da casa investiu contra o diretor, pedindo sua exoneração.

De acordo com o portal do Em Tempo, havia um vídeo dessa sessão no Facebook da câmara, mas já foi retirado.

Com o mesmo sobrenome, ele seria primo do prefeito Beto D’Ângelo e por isso é tido como influente na cidade.

Não se sabe se foi por isso que logo em seguida a secretaria de educação recomendou que Azevedo se afastasse do cargo. E em seguida, abriu a sindicância que seria para “apurar o ocorrido”.

Segundo afirmou o professor, foi o próprio secretário de educação, acompanhado da assessora jurídica da secretária, que pediram para que ele se afastasse do cargo.

Em conclusão, ele não foi procurado por sua secretaria para que pudesse ser defendido no episódio. É o que faz, portanto, o Ministério Público por meio da promotoria da cidade.

Foto: Reprodução/internet