Os deputados federais Júnior Ferrari (PSD-PA) e Saullo Vianna (União-AM), respectivamente presidente e vice-presidente da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Navegação Interior, promoveram neste dia 13 de novembro, na Câmara dos Deputados, o seminário “Um ano de realizações da frente parlamentar e as perspectivas para o desenvolvimento da navegação interior de cargas e passageiros”.
“Nós sofremos, no ano passado e neste ano, com a severa seca nos rios da Amazônia, que trouxe muitos prejuízos sociais e financeiros com a paralisação da navegação. Por isso, estamos propondo a flexibilização dos licenciamentos ambientais para a dragagem dos rios, que precisam ser permanentes por conta das secas, cada vez mais severas na nossa região”, afirmou Vianna.
Além de propor a elaboração de um projeto de lei que garanta a agilidade e flexibilização das licenças dos órgãos ambientais para dragagem dos rios, Vianna citou desafios e oportunidades de crescimento do setor de passageiros na Amazônia.
Na mesma direção, o presidente da Abani (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior), Dodó Carvalho, disse que é preciso regulamentar as linhas de passageiros.
“O transporte de passageiros é o nosso mais importante serviço de navegação para o desenvolvimento da Amazônia. Precisamos disso regulamentado, com infraestrutura adequada para dar dignidade aos passageiros”.
O seminário contou com a presença de autoridades, empresários e entidades de classe ligadas ao setor, entre eles o secretário Nacional de Hidrovias, Dino Antunes, o diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Eduardo Nery, além de pequenos armadores em busca de financiamento para renovação de suas embarcações.
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Navegação
Segundo Vianna, o Fundo da Marinha Mercante é um dos mais importantes instrumentos de financiamento de frota e precisa ser mais acessível.
“Precisamos incentivar a construção de balsas e embarcações, mas esses recursos não conseguem chegar aos pequenos armadores. Um setor de alta capacidade de geração de empregos e baixo impacto ambiental e que precisa se desenvolver e garantir a segurança dos seus usuários”.
Foto: divulgação