O presidente do conselho fiscal do Conselho Curador da Fundação Rede Amazônica, Ely Paixão, foi condenado a 2 anos e quatro meses de detenção em regime aberto pela Vara Especializada em Crimes de Trânsito de Manaus.
O veículo dirigido pelo empresário na ocasião do acidente, uma picape Nissan Frontier, é de propriedade da Rede Amazônica de Televisão.
Paixão é casado com Claudia Daou, filha do jornalista Phelippe Daou (fundador da Rede Amazônica) e presidente do Conselho Curador da Fundação Rede Amazônica.
Ely Paixão também faz parte da diretoria do Conselho Curador da Fundação Rede Amazônica, como presidente do Conselho Fiscal.
Além da prisão, ele também teve a habilitação para dirigir suspensa por um ano e três meses.
No dia 30 de janeiro de 2016 Paixão se envolveu em um acidente de que deixou um morto e uma vítima lesionada.
O juiz Flávio Henrique Albuquerque de Freitas comutou a pena de restrição de liberdade em duas penas restritivas de direito, ou seja, a prisão foi transformada em:
prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, gratuitamente, durante o tempo de sua pena, a serem definidas pelo Juízo da Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas (VEMEPA).
prestação pecuniária (pagamento em dinheiro) no valor de cinco salários mínimos vigente, sendo um para a vítima lesionada e quatro a ser convertido em favor dos dependentes da vítima fatal
O acidente
No dia 30 de janeiro de 2016, por volta das 11h10, Ely Paixão conduzia uma picape Nissan Frontier, cor prata, placa OAJ-4295, pela Avenida Cel. Teixeira, Ponta Negra, sentido Centro/bairro, ocupando a 2ª faixa de rolamento.
Nas proximidades do Edifício Mediterranee, ele realizou manobra de conversão à esquerda a fim de alcançar retorno permitido existente no canteiro central, partindo da 2ª faixa de rolamento, momento em que colidiu com a motocicleta Yamaha YBR 125 Factor, cor preta, placa OAC-8227, conduzida por Rodrigo Salazar da Silva, tendo na garupa Kleberson Teixeira Barreiros, eles seguiam pela Av. Cel. Teixeira, sentido centro/bairro.
Após a colisão, os ocupantes da motocicleta foram lançados ao chão. Paixão permaneceu no local, porém não prestou socorro às vítimas, conforme declaração de Kleberson.
Rodrigo, que conduzia a moto, morreu em 14 de fevereiro de 2016, no HPS João Lúcio, em virtude de complicações decorrentes das graves lesões corporais sofridas no acidente.
Kleberson sofreu as lesões corporais descritas no laudo de exame de corpo de delito.
Foto: Reprodução/Fundação Rede Amazônica