A Eneva levou, de 19 a 23 de março, técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) ao estado do Sergipe, onde a empresa já possui uma usina termoelétrica (UTE) a gás.
Dessa forma, servirá como referência para a estrutura erguida no Norte do País. Com isso, está trabalha na implantação da primeira área produtora de gás na Bacia do Amazonas, no município de Silves.
Nesse sentido, deu mais um passo para obtenção todas as licenças e dar transparência ao processo de operação.
Durante os dias que estiveram no Nordeste, onze servidores do Ipaam conheceram toda a estrutura da maior usina termoelétrica a gás natural do Brasil e da América Latina, atualmente operada pela Eneva.
A empresa integrada de energia atua na exploração e produção (E&P) de gás natural e no fornecimento de soluções de energia.
Para a analista ambiental e assessora da presidência do Ipaam, Maria do Carmo Santos, a visita foi de fundamental importância.
Pudemos ver de perto como opera uma usina termoelétrica a gás já em pleno funcionamento. Mesmo sendo um bioma diferente, os empreendimentos são semelhantes. Uma das diferenças, por exemplo, é que no Sergipe eles usam água do mar e no Amazonas usarão água do rio, então não será necessária a dessalinização. A composição química é diferente, mas conseguimos entender o processo de forma prática , explicou Maria do Carmo.
Além disso, os técnicos do Ipaam também tiveram encontro com equipes da Administração Estadual do Meio Ambiente do Sergipe (Adema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Trocamos experiências. Os técnicos nos repassaram os passos a serem seguidos. A legislações são semelhantes nos estados. A do Amazonas é mais restritiva porque o bioma é mais sensível. A visão que tivemos traz muita praticidade , conclui o analista ambiental da Gerência de Recursos Minerais, Edson Pinheiro.
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Produção de energia
Quando está em operação, a Hub Sergipe é capaz de produzir 1,6 GW de energia, suficiente para abastecer 15% de toda a demanda do Nordeste.
Em termos comparativos, a estrutura que está em fase de implantação em Silves, produzirá 950 MW, o que equivale ao abastecimento de 1 milhão de residências, praticamente toda a demanda do Amazonas.
De acordo com Gerente de Licenciamento, Meio Ambiente e Fundiário da Eneva, Felipe Roza, a empresa já está no Amazonas desde 2018, quando foi furado o primeiro poço em Silves, com sucesso na obtenção do gás natural.
Desde então, a Eneva vem trabalhando para seguir todos os trâmites legais, mitigando os impactos e operando na construção da usina no interior do estado.
A partir do sucesso dos projetos que a gente vem montando, chegamos agora no que chamamos de Complexo do Azulão. Já perfuramos uma série de poços exploratórios, que trouxeram a viabilidade de trazermos essa usina de quase 1 GW de potência. É um grande projeto para gerar energia segura a gás. A equipe de licenciamento do Ipaam veio ao Sergipe exatamente para conhecer os impactos e tirar as dúvidas , explicou.
Presente no Amazonas há cinco anos, a Eneva já realiza comercialmente a exploração e produção do gás natural no Azulão para abastecer a UTE Jaguatirica II em Roraima, responsável por cerca de 70% do suprimento elétrico do Sistema Isolado da capital naquele Estado.
O gás é liquefeito em Azulão e transportado por carretas por 1.100 km para Boa Vista, onde é regaseificado e utilizado para a geração termelétrica — o que reduziu em 30% as emissões de carbono ao substituir o óleo diesel, chegando a evitar 155 mil toneladas de CO2 equivalente pela energia gerada em 2022.
Fotos: divulgação/Mário Adolfo Filho