Conforme a pandemia do coronavírus (covid-19) vai se alastrando, médicos e cientistas descobrem novos sintomas da doença.
Ao mesmo tempo em que se empenham nos estudos em busca de soluções para combater o vírus.
Depois de descobrirem a falta de olfato e paladar, um sintoma peculiar se apresentou em alguns pacientes: a conjuntivite.
O alerta foi feito pela Academia Americana de Oftalmologia, a qual afirmou que o sintoma pode ter passado despercebido em casos de coronavírus.
Em Manaus, o oftalmologista Carlos Sicchar recomenda às pessoas que apresentarem conjuntivite que fiquem atentas ao aparecimento paralelo de sintomas respiratórios, como tosse, falta de ar e febre.
“A conjuntivite é uma doença relativamente frequente na população brasileira, mas é importante lembrar que em tempo de pandemia, isso pode fazer parte de um quadro mais grave”.
A conjuntivite causada pelo coronavírus, explicou o médico, seria como qualquer outra e, por isso, pode passar despercebida com um dos sintomas da doença.
“Por conta dessa descoberta, as práticas de higiene comuns contra o novo coronavírus, como a limpeza constante de ambientes, se tornam ainda mais importantes para prevenir a conjuntivite”.
Cuidados
Uma recomendação importante feita pela Sociedade Americana de Oftalmologia é que as pessoas que normalmente usam lentes de contato diminuam o tempo de uso e optem pelos óculos.
“Durante essa fase que estamos vivendo não se deve usar lentes por um período prolongado, só o estritamente necessário”.
O motivo desse alerta é evitar o risco de contaminação das gotículas que por ventura carreguem o vírus e que podem grudar na lente de contato, contaminando a mucosa dos olhos.
A lente acaba sendo uma porta de entrada da doença. “Neste caso, recomenda-se o uso de óculos, pois eles funcionam como uma barreira de proteção”, disse Sicchar.
8 dicas para ter olhos saudáveis
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de distúrbio de visão.
Do mesmo modo, 60% dos casos de cegueira e deficiência visual poderiam ser evitados caso o indivíduo tivesse buscado tratamento a tempo.
A prevenção e a detecção precoce de quaisquer alterações que exijam tratamento médico são fundamentais. Conheça alguns cuidados que ajudam a manter a saúde da visão:
Consultas periódicas: devem ser regulares desde o nascimento. Isso porque, as doenças específicas podem aparecer em qualquer fase da vida. Após os 40 anos, as pessoas ficam mais suscetíveis às doenças de visão.
Maquiagem: utilize marcas regulamentadas pelos órgãos de saúde; verifique se os produtos são dermatologicamente testados e se estão dentro da validade. Nunca durma sem lavar o rosto, principalmente sem retirar o rímel, sombra e delineador dos olhos.
Óculos de sol: seu uso é imprescindível não apenas para os dias de sol forte, pois, mesmo com o tempo nublado, há incidência de raios ultravioleta. Ao adquirir os óculos de sol, se tem proteção contra os raios ultravioleta (UVA e UVB).
Lentes de contato: devem ser utilizadas sempre durante o período indicado, cerca de 12 horas por dia, e nunca dormir com elas para não atrapalharem a oxigenação dos olhos, aumentando o risco de infecções e deformidades na córnea.
Automedicação: usar colírios e lubrificantes para aliviar a sensação de ressecamento ou de irritação nos olhos, sem a recomendação médica, pode causar graves problemas.
Alimentação balanceada: uma dieta rica em frutas e vegetais, como cenoura e espinafre, ricos em carotenoides, ajudam a diminuir a degeneração natural dos olhos e amplia o alcance visual.
Cigarro: Além de aumentar significativamente o risco de desenvolver alguns tipos de catarata, o tabaco contém substâncias que, quando inaladas, alteram o metabolismo das estruturas dos olhos.
Descanso: dormir pouco também prejudica a visão porque um pigmento da retina sensível à luz se regenera durante o sono. Os distúrbios do sono ainda comprometem a imunidade, pois diminuem a capacidade do organismo de combater infecções.
Sinais do coronavírus
Os sintomas mais comuns do coronavírus são falta de ar, coriza, febre, tosse seca e dor de garganta.
Entre os “novos sintomas”, as perdas de olfato e do paladar também foram percebidas em pacientes do mundo todo.
Alguns estudos médicos também apontam sintomas menos conhecidos, como desconfortos abdominais, náuseas, cólicas, diarreias e falta de apetite.
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Foto: Divulgação