Estudo de fruta amazônica otimiza o tratamento do diabetes

fruta

Publicado em: 01/07/2019 às 18:56 | Atualizado em: 01/07/2019 às 18:56

A pesquisa desenvolvida no Amazonas descobriu que a fruta pedra-ume caá, desconhecida por grande parte da população, possui potenciais antioxidantes e antiglicantes, cujas propriedades potencializam o desenvolvimento de um novo produto, fármaco ou nutracêutico, para o tratamento de diabetes.

O resultado da pesquisa foi publicado na revista científica Food Research International, por meio do artigo intitulado “Pedra-ume caá fruit: An Amazon cherry rich in phenolic compounds with antiglycant and antioxidant properties”, produzido pela doutoranda em química Andrezza da Silva Ramos, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O artigo, em inglês, pode ser conferido por meio do link https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0963996919303552/.

O estudo desenvolvido com a pedra-ume caá contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) através do projeto “Investigação dos potenciais antioxidante, anti-inflamatório, antimicrobiano e citotóxico de plantas medicinais amazônicas com interesse biotecnológico”.

Segundo Andrezza, ter uma publicação em uma revista científica internacional representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores. “Quando outros grupos citam o nosso trabalho, é uma forma de dizer que respeitam e aceitam o que você está dizendo como verdade. Isso é algo bem motivador, publicar e saber que têm pessoas de todo mundo lendo e descobrindo o que está sendo feito aqui”, comentou.

A doutoranda explica que a ideia do estudo é agregar valor a frutos não convencionais, com o objetivo de provar que eles são, além de palatáveis, saudáveis e tentar encontrar algum bioativo, ou seja, substância que tivesse alguma atividade benéfica à saúde.

Marcos Batista, professor que integra o grupo de pesquisa, reforça que o  artigo é importante, mas não é o principal produto, e sim o aluno ter conseguido concluir o trabalho, principalmente com resultados promissores.

“Essa produção científica demonstra a qualidade da pesquisa realizada por discentes da universidade, o que irá, sem dúvida, refletir positivamente nos conceitos dos programas de pós-graduação envolvidos, bem como nos indicadores de produção científica dos bolsistas de produtividade em pesquisa que colaboram com esse artigo”, disse.

 

Pesquisa

O trabalho consiste em um estudo químico, com viés multidisciplinar, idealizado pelo grupo de pesquisa do Núcleo de Estudos Químicos de Micromoléculas da Amazônia (Nequima) da Ufam.

O programa baseia-se em estimular a fixação de recursos humanos com experiência em ciência, tecnologia e inovação e/ou reconhecida competência profissional em instituições de ensino superior e pesquisa, institutos de pesquisa, empresas públicas de pesquisa e desenvolvimento, empresas privadas e microempresas que atuem em investigação científica ou tecnológica.

 

Com informações da assessoria

 

Foto: Érico Xavier/Fapeam