FVS diz que prefeitos só atrasam dados da covid, mas não há subnotificação

De acordo com Ângela Carepa, responsável pelos dados sobre o coronavírus (covid-19) da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), não há subnotificação de casos no Amazonas, apesar de algumas ausências pontuais no repasse das informações por alguns municípios.

Ela garante que não existe inconsistência nos números oficiais, que mostram o recente aumento dramático de contágios e mortes.

Nesta terça-feira (12), o Amazonas chegou a 5.810 mortes causadas pela doença, sendo Manaus a cidade que concentra o maior número de óbitos, atingindo a marca de 3.800.

No entanto, todos os 61 municípios do interior tiveram mortes e acrescentam à estatística 2.010 vítimas.

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No estado são 218.070 casos confirmados, sendo 127.026 registrados em cidades do interior – o que representa 58,25%.

As informações divulgadas pela FVS são repassadas, via sistema, pelos próprios municípios.

Eventualmente problemas na rede ou até mudanças climáticas podem atrasar ou impedir a consolidação desses dados.

“Não existe subnotificação. Existe o atraso da informação, o que é diferente. O responsável pode não conseguir enviar os dados no horário previsto”, afirmou Ângela, explicando que o órgão aceita um atraso máximo de um dia.

Conforme a profissional também garante, não existe um município com problemas graves para envio dos dados, ainda que eventualmente dificuldades possam ocorrer.

Desse modo, outros fatores incidem na falha de comunicação e complicam ainda mais o complexo cenário.

A responsável técnica explica que o telefonema é o meio encontrado para obter a informação e entender o que está acontecendo em determinada cidade quando os dados não são atualizados.

A logística utilizada é fundamental para que a FVS tenha dimensão da evolução dos casos e também para repassar as informações sobre os pacientes que foram transferidos para Manaus. No entanto, os dados só são considerados oficializados quando a informação é preenchida no sistema.

Portanto, conforme a FVS, mudanças de governos, troca de gestores em muitos municípios, aliada ao período de festas e retomada de atividades também atrapalharam a obtenção dos dados no início deste ano.

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Foto: Arthur Castro/Secom