Garimpeiros ilegais atiram e fogem de tropa das Forças Armadas

Durante a Operação Ágata Fronteira Norte, uma tropa das Forças Armadas se envolveu em um confronto com garimpeiros ilegais na Terra Indígena Ianomâmi, resultando em tiroteio e perseguição.

Diamantino Junior

Publicado em: 28/07/2023 às 17:13 | Atualizado em: 28/07/2023 às 17:17

Em meio à Operação Ágata Fronteira Norte, uma tropa das Forças Armadas se envolveu em um tiroteio com garimpeiros ilegais na área de Uaicás, localizada na Terra Indígena Ianomâmi (TI). Os garimpeiros conseguiram escapar, enquanto uma mulher foi atendida por ferimento na perna pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).

Após uma patrulha de mais de três horas na selva, os militares descobriram um garimpo ilegal na região. Ao se aproximarem, foram recebidos a tiros pelos garimpeiros, e em resposta, a tropa realizou disparos para garantir sua própria segurança. Os garimpeiros conseguiram fugir para a mata.

Durante a operação, foram apreendidos itens como uma antena de internet, um celular e mercúrio. Além disso, foram destruídos dois barracões, um motor gerador de energia, um freezer, um fogão e um botijão de gás. Nenhuma prisão foi efetuada.

Posteriormente, uma mulher ferida por arma de fogo buscou atendimento médico no polo de atendimento do DSEI. Ela será transferida para Boa Vista para receber cuidados médicos especializados e ser submetida a investigações posteriores.

As condições de vida no garimpo ilegal são extremamente precárias, com fome, doenças tropicais e condições meteorológicas adversas.

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As Forças Armadas, agências e Órgãos de Segurança Pública (OSP) reforçam que a rendição é sempre a melhor opção em abordagens, garantindo a integridade física dos garimpeiros que se entregam.

A Operação Ágata Fronteira Norte é realizada em coordenação com os decretos nº 11.405 e nº 11.575, visando combater atividades ilegais na região.