Gasolina cai para R$ 7,09 em Manaus, mas ainda continua cara

Gasolina comum tem queda de preço em Manaus e passa a ser vendida a R$ 7,09; redução anima consumidores após período de altas consecutivas.

Diamantino Junior

Publicado em: 17/04/2025 às 14:51 | Atualizado em: 17/04/2025 às 14:51

Recentemente, os motoristas de Manaus foram surpreendidos com uma redução no preço da gasolina comum, que agora é vendida a R$ 7,09 por litro em alguns postos da capital amazonense.

Essa queda ocorre após um período de aumentos consecutivos, nos quais o combustível chegou a ser comercializado por até R$ 7,29 por litro, conforme relatos de consumidores e dados de monitoramento de preços.

A diminuição no valor da gasolina pode estar relacionada a ajustes na política de preços da Refinaria da Amazônia (Ream), principal fornecedora de combustíveis da região. Embora a Ream tenha anunciado reduções nos preços para as distribuidoras, essas alterações nem sempre são imediatamente repassadas aos consumidores finais.

A complexidade da cadeia de distribuição e a variação nas margens de lucro dos postos contribuem para essa discrepância.​

Além disso, fatores tributários desempenham um papel significativo na formação do preço dos combustíveis.

Recentemente, houve um aumento na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, o que impactou diretamente o valor final nas bombas.

Esse ajuste tributário foi decidido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e implementado pelas secretarias de Fazenda estaduais, afetando o preço do combustível em todo o país.​

A oscilação nos preços da gasolina tem gerado preocupação entre os consumidores, especialmente aqueles que dependem do transporte individual para suas atividades diárias.

A variação nos valores também influencia o custo de vida na capital amazonense, afetando desde o transporte público até o preço de produtos e serviços que dependem de logística rodoviária.​

Diante desse cenário, órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-AM, têm intensificado a fiscalização nos postos de combustíveis para garantir a transparência na formação dos preços e coibir práticas abusivas.

A atuação desses órgãos é fundamental para assegurar que as reduções nos custos de aquisição sejam efetivamente repassadas aos consumidores, promovendo um mercado mais justo e equilibrado.

Leia mais

Inmetro endurece regras para bombas de combustíveis adulteradas

 Em resumo, a recente queda no preço da gasolina em Manaus reflete uma combinação de fatores econômicos, tributários e de mercado. A expectativa é que, com a continuidade das fiscalizações e a estabilidade nos custos de produção e distribuição, os consumidores possam se beneficiar de preços mais acessíveis nos próximos períodos.

Redução no preço do diesel deve aliviar custos e ajudar a conter a inflação

A Petrobrás anunciou uma nova redução no preço do óleo diesel vendido às distribuidoras.

A partir desta sexta-feira (18/4), o valor será cortado em R$ 0,12 por litro, fazendo com que a parcela da estatal no preço final ao consumidor caia para R$ 2,95.

Segundo cálculos da própria Petrobrás, o desconto nas bombas deverá girar em torno de R$ 0,10 por litro, considerando a mistura obrigatória com biodiesel (14%).

A medida reverte parte do aumento de R$ 0,22 aplicado em janeiro e se soma à redução anterior de R$ 0,17 anunciada no fim de março.

A decisão foi influenciada pela queda do petróleo no mercado internacional, impulsionada pela redução nas estimativas de demanda global após as tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O governo federal, por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia defendido publicamente que havia “todas as condições” para cortes nos preços dos combustíveis.

A Petrobrás, por sua vez, reiterou que analisa quinzenalmente os preços com base na cotação do petróleo e do dólar.

A redução no diesel pode ter um impacto importante na inflação, já que a maior parte dos produtos no Brasil é transportada por caminhões.

Isso tende a diminuir os custos logísticos, principalmente de itens essenciais como alimentos, onde o impacto do combustível é mais significativo.

A expectativa é que a queda no preço do diesel alivie a pressão sobre a cadeia produtiva e traga efeitos positivos ao consumidor final, especialmente em um cenário de atenção redobrada com a inflação.

Leia mais no g1 e g1