Governo inaugura refeitório para servir 2,5 mil pratos ao dia a ianomâmis

Os indígenas recebem marmitas com pratos especiais com a culinária tradicional dos ianomâmis.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 17/05/2024 às 09:19 | Atualizado em: 17/05/2024 às 09:20

O governo federal inaugurou ontem (16) um refeitório com cozinha especializada para atender mais de 500 indígenas na Casa de Saúde Indígena Ianomâmi (Casai), que servirá 2,5 pratos ao dia.

O evento contou com a presença da ministra dos povos indígenas Sônia Guajajara e do secretário de saúde indígena, Weibe Tapeba.

Conforme divulgou o g1, a obra, que custou R$ 2 milhões, conta com 4 nutricionais em um total de 10 profissionais, entre eles cozinheiros.

Dessa forma, serão servidas cinco refeições diárias aos indígenas internados na casa de saúde.

Ao mesmo tempo, a inauguração contou ainda com a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana.

A Casai é especializada em atender indígenas ianomâmis que recebem acompanhamento médico em Boa Vista, longe da comunidade.

De acordo com a publicação, os indígenas recebem marmitas com pratos especiais com a culinária tradicional dos ianomâmis.

Além disso, a cozinha conta com frigorífico e ambiente climatizado.

O cardápio é elaborado com base em um trabalho conjunto entre nutricionistas e nossa equipe de saúde indígena, levando em consideração os hábitos alimentares e a estrutura disponível. Embora respeitemos os costumes do povo Yanomami, oferecemos esta estrutura para uso de toda a população indígena“, disse o secretário Weibe Tapeba ao g1.

Dessa maneira, a terra ianomâmi está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas.

Por exemplo, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

Como resultado, mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo federal decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.

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Foto: reprodução/MPI